Vamos lá, quem olha essa tabela abaixo pode se apavorar, pensar: F___
Como sempre digo meu compromisso é com a verdade. E a verdade é que o resultado da Braskem (SA:BRKM5) nesse trimestre não foi bom, simples assim. No entanto, contrariamente ao que essa tabela acima deixa a entender, ele não foi assim tão horroroso. Há uma boa explicação nas fortes quedas na comparação com o 2T18.
Vamos digredir o resultado…
BRASIL
Responde por 44% do Ebitda total. Vendas levemente melhores com ganho de market share pela empresa. Exportou mais também, mas a comparação com o 2T18 é suja porque naquele trimestre houve a greve dos caminhoneiros.
EUA e EUROPA
Responde por 31% do Ebitda total. Vendeu mais nos EUA. Vendeu menos na Europa que vai devagar e a sazonalidade não ajudou (verão europeu)
MÉXICO
Responde por 25% do Ebitda total. Arriba? No! México sentiu a ameaça de imposição de tarifas pelos EUA. Volumes caíram bem por lá. Vale (SA:VALE3) a lembrança que o atual presidente tem um viés de esquerda e está “dilmando” por lá. Tenso!
Até aqui nada tão absurdo.
O QUE PEGOU DE FATO?
A queda nos preços e nos spreads das resinas. Simples assim. Poderia colocar a tabela dos preços dos EUA e Europa e ainda México, mas não precisa. Petroquímico é commodity e quando cai num lado, cai no outro…believe me!
Os motivos?
Apesar dos pesares eu diria que isso era dado.
Mas o que pesa contra suas ações é uma conjunção de fatores:
- Situação do grupo Odebrecht que penhorou as ações da empresa em tudo quanto é dívida. Tendência é que bancos tomem a empresa, acho bom porque afasta mais uma incerteza.
Muitas incertezas…mas ela segue sendo uma empresa que “roda” a aproximadamente 5x Ev/Ebitda, 8,5x lucro e um belo free cash flow to yield de mais de 10%, não consigo deixar de achar muito barata! Provavelmente estou errado porque estou perdendo dinheiro, mas enfim, sigo nela.