Itaú – a mais bela das belas das belas
No Investidor de Valor, não escondo minha paixão adolescente por Itaú ((SA:ITUB4) – e Itaúsa (SA:ITSA4).
Ela é, sem dúvida, a melhor ação da bolsa, de longe.
E Itaú divulgou, na segunda a noite, resultados um pouquinho abaixo do esperado pelo mercado.
Itaú passou os últimos anos bastante conservador, com receio de que uma nova crise impactasse o banco – banco bom é banco conservador.
No 3T18, lucro líquido subindo apenas +1,1 por cento, com ROE (retorno sobre o patrimônio) de 21,3 por cento.
As ações abriram em queda de -1,5 por cento, mas foi só o presidente do banco começar a falar que as ações voltaram a subir - fecharam em alta de 2,9 por cento (ok, a alta do IBOV ajudou).
Segundo o banco, 2019 é o ano em que aceleram a concessão de crédito, com as expectativas melhores para a economia – o mercado entendeu o recado.
Itaú negocia a míseros 13x lucros (ITSA a 11x). Um acinte para a qualidade deste negócio. Por essas e outras, ela continua nossa ação preferida no maravilhoso Investidor de Valor.
Cielo – fique longe enquanto a competição pesar
Cielo (SA:CIEL3) continua com lucros menores, sendo impactada pela enxurrada de competidores que invade diariamente seu quintal.
O que importa mesmo, lucro líquido caindo -18 por cento no 3T18, Ebitda -10 por cento.
Cielo é ótima e barata (a 9x lucros e 8x Ebitda) mas, como comentamos no Investidor de Valor, nenhuma ação consegue manter altas com resultados despencando – fique de fora até que a companhia consiga lidar com a competição.
Raia – cara demais para quem não cresce
Raia (SA:RADL3), ou RD, negocia a enormes 41x lucros e 19x Ebitda. Ok, a empresa é ótima e nadou de braçada abrindo farmácias em toda esquina nos últimos anos.
Mas a competição chegou. Com ela, as margens vem caindo – receita -10 por cento, Ebitda -2 por cento e lucros -5 por cento.
E tenho que tirar o chapéu para a gestão de Raia. Eles avisaram o mercado que isso aconteceria. Foram honestos em mostrar por A+B que o crescimento de outrora não aconteceria mais.
Mas a Faria Lima e o Leblon não quis escutá-los.
Cuide bem do seu dinheirinho. Fique de fora de Raia, ótima empresa, mas preços altíssimos não combinam com investimentos responsáveis.
Smiles – um sócio dos infernos
Em minha última interação com Smiles (SA:SMLS3), o pessoal de relações com investidores da companhia estava animadíssimo com os resultados, mas não conseguiram me deixar confortável com o contrato com a Gol (SA:GOLL4).
Pelo menos foram honestos (com os resultados), no 3T18 receita líquida +21 por cento, Ebitda +42 por cento mas lucros +5 por cento (ajustando por créditos fiscais do 3T17).
Quero ver a Gol convencer o minoritário que Smiles não vale nada agora.
Smiles é um dos melhores negócios que já vi mas (sempre ele), depende enormemente de Gol. E a Gol provou que não quer ser sua amiga.
A 5x Ebitda e 6x lucros, Smiles é barata, mas no Investidor de Valor, não gostamos de depender da boa vontade de outrem – fique de fora.
Arezzo – linda, mas magra demais
Ninguém menos que Adriana Lima no release de resultados de Arezzo (SA:ARZZ3), só com isso já sabemos que a empresa é maravilhosa.
Mas no 3T18, crescimento magro. Receita líquida +11 por cento, Ebitda +8 por cento e lucros +7 por cento.
O mercado já esperava, mas a 19x Ebitda e 17x lucros, nós esperaríamos mais. Claro, o 3T é fraco para o varejo que voa apenas na época de Papai Noel.
E o mercado deve aguardar por melhores resultados no último trimestre do ano. Nós também, mas preferimos as calçadistas mais baratas e com potencial maior de surpreender no Investidor de Valor.
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