Em novembro publiquei aqui na Br.Investing um artigo sobre Petrobras. Se você não leu basta clicar aqui.
Boas novas começaram a surgir no horizonte da empresa.
Graça pediu o boné, partiu. Junto com ela toda a diretoria – demoraram um pouco, mas como tudo na “nossa” Petrobras tem contornos políticos, não me surpreende a “Rubinhesca” lentidão na tomada de decisão.
Arrisco-me a dizer que Dilma autorizou a partida, pois já tem o substituto, que será determinado pela reunião do conselho do dia 06, mais precisamente amanhã.
No mercado financeiro jogam-se nomes no ventilador e espera-se que seja um corpo mais alinhado com interesses do mercado financeiro e não das politicas econômicas.
Será que é pedir muito?
A reação dos papeis foi positiva. Só em fevereiro a alta acumulada é de mais de 20%.
Será que é para tanto?
O investidor deve parar e se perguntar?
Os problemas da Petrobras se resumem a Graça e sua equipe? É para sair comprando?
Uma nova administração, mesmo que mais conectada ao mercado financeiro e não a politica econômica, significa uma nova empresa?
Mais próxima dos minoritários, com seus problemas de auditoria nos números resolvidos e melhores performance financeira e operacional?
O que estamos acompanhando nas cotações é um ajuste em face de uma única notícia positiva em meio ao mar de lama. Como já comentei, Petrobras tem frequentado mais as paginas policiais do que a de economia.
Importante o investidor não se iludir com tais movimentos! Pé no chão é importante nessas horas.
O foco daqui para frente deverá ser na geração de caixa da companhia, sua dívida e os cortes em seus investimentos.
Quanto de investimento é possível cortar sem sacrificar o crescimento da produção?
A empresa continua envolta em muitos “SEs” que com certeza trarão volatilidade. Nesse cenário todo o cuidado é pouco.
O time anunciado amanhã será capaz de conseguir auditar o balanço? Esse time será forte o suficiente? Essa nova diretoria será mesmo capaz de olhar mais para o mercado e menos para as políticas econômicas?
E o preço do petróleo, até que ponto inviabiliza os investimentos em novas extrações?
Otimismo demais é muito perigoso no mercado financeiro. Já presenciei isso com outra petrolífera há alguns anos. Uma que o CEO disse que um dia valeria tanto quanto Petrobras. Será que ele vai acertar em sua previsão?
Com se diz no interior de minas – devagar com o andor que o santo é de barro!
Gustavo Lobo é analista de ações.
Autor do Ebook Os 7 Pilares do Investidor de Sucesso que você pode efetuar o download gratuito clicando aqui!
Abraços,
Gustavo Lobo