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Selic caiu! E agora, onde investir?

Publicado 07.02.2024, 15:31
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CALMA, não faça parte da manada!

O título dessa publicação desperta a atenção de muitas pessoas, pois em sua maioria esses “investidores” estão sempre correndo atrás de uma “grande dica” ou estão comprando uma grande promessa mirabolante com a crença de retorno espetaculares.

Caso você tenha chego aqui em busca dessa “grande tacada” é importante que você saiba que não será aqui que encontrará esse tipo de conteúdo.

Essa publicação tem o objetivo de falar de forma simples e acessível, “sem financês”, e apresentar ao leitor um conteúdo baseado em fatos e dados que agregue valor as suas tomadas de decisões e contribua para o atingimento de seus objetivos financeiros.

Na semana passada, o COPOM decidiu reduzir em 0,50% a taxa básica de juros (Selic), para 11,25%.

Encontra-se disponível na internet, diversos vídeos e reportagens que trazem como assunto principal “onde investir com a queda da Selic”.

Caro leitor, antes de prosseguir, convido-o a fazer a seguinte reflexão: 

“Eu estou fazendo parte da manada?”

Para ajudá-lo com essa pergunta, responda a si mesmo:

  • Minhas tomadas de decisões e alocação de ativos estão baseadas em queda/alta da Taxa Selic, Dólar, Ibovespa, Inflação, por exemplo? 

  • Minhas alocações de recursos estão baseadas exclusivamente em flutuação de preços/cotações de ativos?

  • Estou girando a carteira em busca de “rentabilidade” sem distinção clara e direta do que estou fazendo?

Benjamin Graham, grande mentor de Buffett, nos ensinou: “o verdadeiro investidor não deve pautar o seu comportamento pelas flutuações do mercado”.

Com essas respostas em mente, é importante que você saiba que na Ata do Copom divulgada nessa semana, já foi sinalizada que nas próximas reuniões o ritmo de corte deve ser mantido em 0,50%, conforme trecho destacado da própria Ata do Copom, abaixo:

“Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

Esse movimento de queda de Selic, em conjunto com uma narrativa otimista para a bolsa de valores nesse ano, tende a levar o “investidor” a bolsa, acarretando no clássico movimento de manada, onde muitos estão “correndo para a bolsa” com o temor de ficar de fora da “nova alta” (lembre-se do movimento do pêndulo, ensinado por Howard Mark, apresentado no artigo Comparando o Incomparável).

Esse movimento de girar a carteira, substituir a renda fixa pela variável, trocar o ativo X pelo Y, já foi abordado em Onde Investir em 2024, e apenas reforça a tese de que se você não possui um objetivo e uma estratégia definida, você muito provavelmente, está fazendo parte do movimento de manada e perdendo dinheiro.

Posso lhe adiantar que não é fácil seguir com convicção uma estratégia, especialmente em momentos que sua carteira não está indo muito bem, e ainda mais difícil se o mercado estiver indo bem e a sua carteira não.

O escritor e gestor Joel Greenblatt, autor do best-seller “A Fórmula Mágica para bater o mercado de ações” afirma que “é difícil continuar acreditando, principalmente quando amigos, especialistas, noticiários e o Sr. Mercado apontam na direção contrária”.

Nesse livro, é apresentado um amplo estudo contemplando 17 anos de pesquisas e mais de 3.500 empresas analisadas, onde a “Fórmula Mágica” apresentou retornos consistentes acima do mercado durante o período.

Porém, o autor é categórico em afirmar, que as pessoas não a seguem pois, “mesmo que uma estratégia funcione no longo prazo, muitas vezes levará três, quatro ou até cinco anos para exibir resultados, e dessa maneira a maioria não se mantém fiel”.

Antes de continuarmos, é importante que você enraíze esse conhecimento: ao contrário do que ocorre na renda fixa, onde você é remunerado pelo VALOR aplicado; na renda variável, você é remunerado pela QUANTIDADE possuída.

Portanto, quanto mais barato o preço pago por um ativo, maior será a quantidade possuída, e consequentemente, maior será a sua remuneração.

Com esse conhecimento arraigado, é importante que primeiro você controle seu ego e depois, compreenda que no momento em que muitos estão “fugindo da bolsa”, onde as narrativas de que a bolsa vai “derreter”, que a bolsa é “cassino”, são normalmente onde estão as melhores oportunidades de compra, e não de venda.

Esse movimento de manada e essa narrativa são vistas há décadas, mas sempre existe o pensamento que “dessa vez é diferente, que é muito pior, que agora essa crise não terá fim”.

É muito bonito (o investidor) proclamar, “compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos” quando o mercado está em alta, porém sem convicção e estratégia, é difícil fazer valer dessa frase e colocar o aprendizado em prática, aproveitando as oportunidades de mercado, e comprado o que vale R$ 100,00 por R$ 90,00, R$ 80,00...

Conforme apresentado no artigo anterior (Comparando o Incomparável) as verdadeiras comparações que necessitam ser feitas entre o “mundo da bolsa e o real” não são feitas.

Antes de continuar com a leitura, convido-o novamente a refletir:

Você está comprando um determinado ativo (imóvel, carro, empresa, por exemplo), ao fazer essa aquisição, muito provavelmente você já estudou, pesquisou e gastou algumas horas/dias estudando sobre o bem, e muito provavelmente possui um preço justo para a compra.

Nesse exemplo hipotético, vamos assumir que o preço que você julga ser o justo é de R$ 100,00.
Você compraria este ativo por R$ 80,00; R$ 90,00; e muito provavelmente não o compraria por R$ 110,00; R$ 120,00, correto?

Isso é o que as pessoas normalmente fazem (no mundo real), porém, porque na bolsa de valores, quando os preços estão em R$ 80,00; R$ 90,00, as pessoas estão receosas em comprar e para piorar, normalmente vendem esses ativos com enormes prejuízos! 

Porém, quando os preços estão em R$ 110,00; R$ 120,00 as pessoas se entusiasmam e compram, pagando um grande ágio?

Existem estudos que aprofundam essa resposta, mas de maneira simplista, o fato das pessoas possuírem informações em tempo real, através do Home Broker, e possuírem o sentimento de estarem perdendo dinheiro, vendo o seu patrimônio “despencar”, faz com que as pessoas entrem em pânico, tomando decisões baseadas na emoção e não na razão (Artigo: Investidor de fundamentos ou de narrativas, aborda o assunto).

O mesmo vale para quando estão “ganhando” dinheiro, vendo o seu patrimônio crescer, alimentando o seu ego, e muitas vezes despertando a ganância, acreditando que essa escalada nunca terá fim.

Na sequência, são apresentados 03 exemplos onde são ilustrados que há exatos 01 ano, era possível obter uma renda em torno de R$ 1.000,00/mês em dividendos, com valor aproximado de R$ 120.000,00; e hoje, para possuir essa mesma renda (e quantidade de ativos) o valor a ser desembolsado supera os R$ 140.000,00, uma diferença superior há 15% na média.

Lembre-se, na Renda Variável você é remunerado pela quantidade possuída, e não pelo valor aplicado, ou seja, há 01 ano atrás era possível montar as Carteiras A, B e C com menos dinheiro, 11,48%, 29,59% e 20,51%, respectivamente.

Dados de Referência: 

Cotações Utilizadas para Cálculo de Desembolso: Fechamento de Mercado em 01/02/2023 e 31/01/2024.

Proventos Anunciados entre o período de 01/02/2023 e 31/01/2024.

(Caso estes valores sejam muito altos para ti, “corte um zero”, ao invés de R$ 120.000,00, utilize R$ 12.000,00, caso ainda assim pareça ser alto, “corte mais um zero”, ao invés de R$ 12.000,00, utilize R$ 1.200,00).

(Caso estes valores sejam muito baixos para ti, “adicione um zero”, ao invés de R$ 120.000,00, utilize R$ 1.200.000,00, e assim sucessivamente).

Lembre-se de “cortar ou aumentar o mesmo zero” nos dividendos mensais (R$ 100,00; R$ 1.000,00; R$ 10.000,00).

Os ativos apresentados não configuram em recomendação de investimento; os mesmos foram citados, única e exclusivamente para efeito educacional, sendo a escolha de qualquer ativo, responsabilidade exclusiva do próprio investidor.

Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

 

O intuito aqui não é determinar se os ativos estão “caros ou baratos”, mas sim, ilustrar com dados e fatos o racional apresentado, inclusive por acreditar que para o investidor médio é mais importante o fracionamento dos aportes em menores valores, do que um grande aporte uma única vez.

O “investidor leigo” pode estar se perguntando; obtive um ganho em Renda Fixa de 12,87% (100% CDI isento de IR); essa apreciação de 15% (em média) é aceitável, pois não corri “nenhum risco” na Renda Fixa nesse período, e essa diferença não me parece tão grande.

Porém, não se esqueça que apenas de proventos, o retorno foi de 10% no período, entregando um retorno total (valorização + proventos) de 25%, ou seja, praticamente o dobro da rentabilidade da Renda Fixa no período.

É de suma importância que o investidor tenha em mente que esse é um recorte de curtíssimo prazo, 01 ano quando se fala em investimentos, não significa praticamente nada. 

Charlie Munger, sócio de Buffett, que infelizmente nos deixou recentemente, nos ensina que “o grande dinheiro (ou o dinheiro de verdade) não está na compra e na venda, mas sim na espera”.

Caso ampliássemos esse prazo, a diferença seria ainda maior, pois os Juros Compostos estariam (ainda mais) em favor do investidor, mas como o ser humano não foi feito para “pensar exponencialmente” e sim “linearmente”, esse tema ficará para uma próxima publicação.

E, lembre-se; não se deixe levar pelo movimento de manada, ruídos e flutuações de curto prazo, pois “o mercado foi feito para transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes”, de qual lado você quer estar?

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