ÁSIA: Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, com os investidores sem a referência dos mercados dos EUA que permaneceram fechadas por conta do feriado na segunda-feira e digerido a decisão do Banco Central da Austrália (RBA) de manter as taxas inalteradas em 1,5%.
O RBA em comunicado citou entre as razões, o crescimento contínuo, a baixa inflação e dados do mercado de trabalho mistos como fatores que contribuíram para manter as taxas de juros inalteradas, após o banco aliviar a política monetária em maio e agosto. Também citou o prolongado período de preços baixos das commodities que manteve a balança comercial australiano mais fraca nos últimos anos e o crescente aumento dos preços do setor de habitação. O S&P/ASX 200 terminou em baixa de 0,29%, em 5.413,6 pontos, pesada por uma queda de 0,49% no subíndice financeiro após a decisão. O setor de energia contrariou a tendência e avançou 0,14%, juntamente com o setor de materiais que subiu 0,3%. Entre as mineradoras, BHP Billiton fechou em alta de 1,2%, Fortescue avançou 2,6% e Rio Tinto (LON:RIO) subiu 1%.
No Japão, o Nikkei 225 fechou em alta de 0,26%, a 17.081,98 pontos, atingindo uma nova alta de três meses, na sequência dos ganhos de 3,5% da semana passada. O iene fechou relativamente estável em relação ao dólar após negociar em baixa durante grande parte do dia. Um iene mais fraco ajuda a aumentar a competitividade dos exportadores japoneses. Ações do setor bancário japonês ajudou o Nikkei em meio à expectativa de que o Banco do Japão pode cortar as compras de títulos de longo prazo em sua próxima reunião, assim, aumentar os rendimentos de títulos. Mizuho Financial subiu 0,88%, Sumitomo Mitsui Financial adicionou 1,28% e Shinsei Bank adicionou 1,81%. Os bancos japoneses tem sido as maiores vítimas da política de flexibilização monetária e taxas negativas do BOJ, pois afetam seus lucros em meio aos rendimentos muito baixos em todos os títulos do governo.
Mercados da China continental também avançaram, com o Shanghai Composite terminando 0,63% maior, em 3.091,44 pontos e o Shenzhen Composite fechando 1,49% maior. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,58%.
Nas Filipinas, o PSEI caiu 0,58%, depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, cancelou abruptamente a primeira reunião com o líder filipino Rodrigo Duterte. Analistas apontam preocupações de que o aumento das tensões entre os dois aliados poderia afetar acordos comerciais futuros. O declínio filipino veio mesmo com dados mostrando que a inflação no país desacelerou inesperada em agosto, fornecendo subsídios para que o banco central mantenha a política monetária de apoio ao crescimento econômico.
Enquanto isso, a Rússia e Arábia Saudita confirmaram que tinha concordado em cooperar para estabilizar o mercado de petróleo e limitar a produção. Os preços do petróleo inicialmente saltaram durante o horário asiático com a notícia, mas interrompem os ganhos durante a sessão da Europa;
EUROPA: As bolsas europeias operam sem direção no comércio desta terça-feira, com investidores sem drivers após queda dos preços do petróleo, na sequência da alta na segunda-feira quando foi ventilado um acordo entre a Arábia Saudita e Rússia para estabilizar o mercado de petróleo. Os preços do petróleo subiram depois que os principais produtores confirmaram o acordo para estabilizar o mercado de petróleo e limitar a produção.
O índice Stoxx Europe 600 avança 0,11% após o índice pan-europeu terminar 0,1% maior na segunda-feira.
O FTSE 100 do Reino Unido recua com exportadores pressionados com o rali da libra que sobe 0,2556% frente o dólar, para US $ 1,3337, ante US $ 1,3304 da segunda-feira, quando o índice PMI de serviços do Reino Unido para agosto surpreendeu e registrou seu maior ganho mensal em duas décadas. Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) sobe 2,4%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 0,5%, Glencore (LON:GLEN) adiciona 1% e Rio Tinto opera em alta de 0,3%, enquanto BHP Billiton cai 0,1%.
Entre os dados econômicos, os pedidos das fábricas na Alemanha subiram 0,2% em julho, ante previsões de um ganho de 0,6%. O PMI de varejo da zona do euro subiu para uma alta de 10 meses em agosto, chegando a 51, sinalizando um modesto aumento nas vendas. O crescimento econômico na zona do euro para o segundo trimestre foi confirmado em 0,3%, em linha com as previsões.
EUA: Futuros dos EUA avançam nesta terça-feira e sugere uma abertura com ligeira alta na volta de uma folga de três dias, após os mercados americanos permanecerem fechados por conta do feriado do Dia do Trabalho. Analistas se preparam para um mercado mais vigoroso em setembro após o marasmo de agosto.
AGENDA ECONÔMICA EUA:
11h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
11h00 - IBD/TIPP Economic Optimism (mede o nível de confiança do consumidor e o otimismo quanto à atividade econômica);
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,08%
SP500: +0,08%
NASDAQ: +0,07%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.