No dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Ainda que nem tudo sejam flores e os motivos para celebrar estejam cada vez mais escassos, a data deve ser sempre lembrada como respeito à memória de grandes mulheres que lutaram - e ainda lutam - para que hoje pudéssemos ter, entre outros, o direito ao voto, ao trabalho, ao divóercio e, claro, ao nosso dinheiro.
Porém, mais do que isso, o dia e a semana das mulheres devem servir de espaço para debater as desigualdades, que podem ter diminuído, mas ainda existem e afetam diversas vidas.
Uma delas diz respeito ao número de investidoras na B3 (BVMF:B3SA3) quando comparado ao dos homens. A quantidade de mulheres que investem tem aumentado ano a ano, mas ainda está abaixo do ideal e do potencial que poderia alcançar.
Hoje, são mais de 1,3 milhões de CPFs do sexo feminino contra 388 mil cadastrados há cinco anos atrás. No caso dos homens, são mais de 4 milhões de registros.
Em resumo, este quadro nos mostra que as mulheres têm mais dificuldades para poupar e investir. Os motivos são variados, mas, entre eles, os principais são a falta de oportunidades no mercado de trabalho e os desafios entre o cuidado com a família e a vida profissional.
Um estudo realizado pela Bloomberg Economics e compartilhado pela Tatiana Pinheiro, da Galapagos, nos sugere que a simples convergência entre educação e participação feminina à masculina adicionaria, potencialmente, US$20 trilhões na economia mundial até 2050.
Porém, o quadro que temos, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é preocupante. De acordo com a entidade, cerca de 51% das mulheres entre 25 e 64 anos estavam no mercado de trabalho em 2020, enquanto o número de homens passava de 90%.
Ou seja, as mulheres estão trabalhando menos e, com isso, investindo menos, mesmo representando uma força de trabalho enorme e importante para qualquer país que queira se desenvolver.
Ainda que o assunto esteja presente nas discussões atualmente, temos muito o que evoluir.
Para chegarmos em uma sociedade mais equilibrada e justa, o acesso ao poder econômico seja talvez o principal tópico a ser tratado.
Muitas pessoas gostam de romantizar e dizer que dinheiro não traz felicidade. De fato, o papel pelo papel realmente não tem este poder. Porém, de acordo com a pesquisadora Chrystina Barros, “ele propicia as condições básicas para sermos felizes”, explica.
Em outras palavras, a pesquisadora explica que a felicidade é um evento químico com uma série de substâncias que promovem a sensação de bem-estar. Segundo a OMS, algumas necessidades básicas como emprego, educação e alimentação precisam ser atendidas para que uma pessoa realmente fique bem.
Isso vale para todos os gêneros, mas, com praticamente a metade da população feminina sem acesso a bons empregos e oportunidades, sem dúvidas, a felicidade das mulheres e outros grupos sociais excluídos está seriamente comprometida.
Por isso, quero encerrar o artigo de hoje com um questionamento importante: afinal de contas, qual é o mundo que nós queremos?
Se a resposta for um mundo justo e com oportunidades, sinto em informar, ainda estamos longe disso.
Até a próxima!
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