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Semana Tem Pesquisas, Copom, IPCA-15, IBC-Br, Emprego e Guerra Comercial EUA-China

Publicado 17.09.2018, 03:30
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A atenção dos mercados e dos investidores nesta semana segue concentrada na eleição presidencial, com previsão de novas pesquisas do Ibope, Datafolha e do Instituto MDA, além das pesquisas de bancos e corretoras. Na agenda internacional, um pouco mais vazia que nas semanas anteriores, os destaques devem ser um aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e os índices preliminares de atividade na Zona do Euro e nos EUA.

Na sexta-feira à tarde, o presidente americano Donald Trump fez declarações afirmando que deve anunciar esta semana tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses, elevando o total sobretaxado para US$ 500 bilhões, praticamente todo o volume comprado pelos EUA da China. Já os chineses ameaçam retaliar o governo americano também com sanções sobre seus produtos, além de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). A tensão tende a aumentar ao longo da semana, à medida que as ameaças de Trump se tornem medidas efetivas.

O calendário econômico doméstico traz a decisão, na quarta-feira, do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), com a maioria dos analistas estimando manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano, apesar das projeções do mercado futuro apontarem para uma taxa acima de 6,80% no fim do ano.

Na sexta-feira, a atenção estará na divulgação do IPCA-15, prévia da inflação oficial de setembro, que deve vir maior que no mês anterior, e já na segunda-feira sai o IBC-Br relativo a julho, sinalizando o nível de atividade da economia calculado pelo Banco Central, com projeções dos analistas apontando para relativa estabilidade, diante de leve alta mensal na produção da indústria e queda mensal do comércio e serviços.

Selic estável em 6,5%; IPCA-15 deve subir, com pressões no grupo Transportes

Apesar da depreciação cambial observada ao longo das últimas semanas, destacam os analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco (SA:BBDC4), desencadeada em grande medida pelo cenário internacional mais desafiador, as expectativas de inflação mantiveram-se ancoradas e os dados de atividade seguiram moderados. “Dessa forma, esperamos manutenção da Selic em 6,5% na próxima semana”, dizem os economistas do banco em relatório. Quanto ao IPCA-15, a estimativa da equipe é de uma alta de 0,18%, com a continuidade da trajetória de aceleração dos núcleos.

Para a consultoria Rosenberg Associados (RA), o Copom deve manter a taxa de juros, em 6,5%, “com o comunicado bastante semelhante ao da reunião anterior”. A RA projeta para o IPCA-15 variação de 0,21%, indicando aceleração na margem (variação mensal) em relação ao mês anterior, quando variou 0,13%. Além disso, segundo relatório dos economistas, o índice deve voltar a subir na comparação em 12 meses, passando de 4,30% para 4,40%.

De volta à comparação mensal, o destaque dos consultores vai para reversão da deflação do grupo de Transportes, puxado pela aceleração do subgrupo de combustíveis e pelo item passagem aérea. “O grupo Despesas Pessoais também deve acelerar em setembro, reflexo do reajuste do item cigarro e, na contramão, o Habitação deve observar menor variação no subgrupo de combustíveis e energia.”

IBC-Br perto da estabilidade e criação de 70 mil vagas formais

O resultado do IBC-Br de julho, na avaliação do Depec-Bradesco, deverá mostrar ligeiro crescimento, de 0,2%, ante o mês anterior”. O banco destaca ainda que poderão ser divulgados na semana dados de mercado de trabalho formal de agosto, para o qual estimam contratação líquida de 70 mil vagas no mês.

Também para a Rosenberg Associados, “o IBC-Br deve monstrar um movimento próximo da estabilidade, já que tivemos leve alta mensal na produção da indústria e queda mensal do comércio e serviços”.

Sondagens podem apontar desaceleração na maioria dos países e forte expansão nos EUA

Na agenda externa, ressalta o Depec-Bradesco, as prévias dos Índices Gerente de Compras (PMI, na sigal em inglês) na Europa e nos EUA concentrarão as atenções. A equipe lembra ainda que além dos mercados emergentes, primeiros indicadores de atividade de setembro serão destaque ao longo da semana. Nos EUA, serão divulgados o Empire Manufacturing, a Sondagem Industrial do FED da Filadélfia e o PMI industrial. Na Área do Euro, foco no PMI da indústria e de serviços, tanto para o bloco quanto para a Alemanha. “Esses resultados poderão confirmar a divergência de ritmo de crescimento entre as regiões, com desaceleração na grande maioria dos países e manutenção da forte expansão nos EUA”, estimam os economistas.

De olho nas pesquisas eleitorais e nas condições de saúde de Bolsonaro

No cenário político, o foco estará na divulgação de novas pesquisas de intenção de voto (Ibope e MDA). E também nas condições de saúde do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que segue hospitalizado após ataque à faca em Minas Gerais, mas ainda liderando as sondagens, bem como na movimentação de seus adversários – Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).

Internado desde o feriado de 7 de Setembro no hospital Albert Einstein, Bolsonaro segue fora da campanha de rua, no entanto viu aumentar sua liderança nas pesquisas do Datafolha e Ibope.

Campanha do PSL deve ficar restrita às redes sociais

Diante dos últimos levantamentos, começa a se consolidar a passagem do candidato do PSL ao segundo turno. No entanto, permanecem as dúvidas sobre suas condições de saúde, que poderiam impedi-lo de participar de entrevistas e debates. Com sua impossibilidade física, as iniciativas de campanha devem se restringir sobretudo a seu vice, general da reserva Antônio Hamilton Mourão, e aos filhos do presidenciável.

As redes sociais devem ser usadas pelos aliados do candidato para divulgar suas condições de saúde e posicionamentos políticos. Em situação polêmica, que pode contar contra a candidatura, o grupo de Facebook (NASDAQ:FB) “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” sofreu nos últimos dias um ataque de hackers e ficou fora do ar na noite deste sábado (15).

Ação de hackers contra grupo de mulheres

O grupo, que já contava segundo organizadoras com mais de 1 milhão de adesões, foi temporariamente removido pelo Facebook após detecção ‘de atividade suspeita’. Relatos na rede informavam agressões às participantes e que o nome da página foi alterado para “Mulheres com Bolsonaro #17”, gerando repercussão e críticas em outras redes, como o twitter. No início da tarde deste domingo, segundo o jornal El País, o Facebook informou que, após investigação, “o Grupo foi restaurado e devolvido às administradoras”.

Disputa cada vez mais acirrada pelo segundo lugar

Com Ciro, Haddad e Alckmin embolados na segunda posição, segundo as pesquisas, as atenções vão se voltar para as estratégias de campanha dos três. O objetivo é um deles tentar se isolar no segundo lugar. No atual cenário, quem está com maior dificuldade é o tucano, que aparece atrás do pedetista e do petista, apesar de ter o maior tempo de TV. As dificuldades de Alckmin mostram a falta de confiança entre seus aliados de que ele possa se tornar um candidato competitivo, tornando ainda mais difícil o desafio do candidato.

Haddad sobe e se aproxima de Ciro; Alckmin estaciona e Marina perde fôlego

Ciro e Haddad, por sua vez, vivem situação um pouco mais confortável: o primeiro se consolidando na segunda posição, e o segundo com perspectivas de ascensão. Em baixa nas pesquisas, Marina Silva aparece em maior isolamento, o que pode prejudicar ainda mais sua campanha, com poucos recursos e estrutura. Com sua posição enfraquecida, crescem as expectativas de quem poderia beneficiar-se dos votos que deixariam de ir para sua candidatura.

Menor risco geopolítico favorece mercados desenvolvidos

Os indicadores econômicos da semana anterior confirmaram um viés mais favorável para o crescimento global. Da mesma forma, lembra em relatório a equipe do Banco Votorantim, as conversas comerciais entre China e EUA reduziram a percepção de risco geopolítico, favorecendo o comportamento dos mercados desenvolvidos, que se reverteu com novas ameaças de Trump no fim da semana. “No entanto, o canal de baixa nos preços de commodities e as altas nos juros longos nos EUA não favoreceram os emergentes”, ressaltam os analistas. No Brasil, com pressões do risco político percebido pelos investidores, “houve pressão no câmbio e juros, o que pode reforçar um ritmo menor de recuperação da economia no terceiro trimestre, como indicaram os dados de varejo de julho”.

Ibovespa reagiu na sexta-feira, mas cai 1,63% no mês e 1,27% no ano

O otimismo predominou no pregão da sexta-feira da B3 (antiga Bovespa), mas a alta não foi suficiente para aplacar a variação negativa da semana. A maior propensão à tomada de risco, na avaliação dos analistas do BB Investimentos, veio por conta de melhores leituras das pesquisas eleitorais recentes, mesmo em face da elevação das animosidades comerciais entre EUA e China — que mantiveram outras bolsas mundo afora em território negativo.

Os destaques de alta se situaram predominantemente nos setores bancário e de mineração, assim como a Petrobras (SA:PETR4), tendo como contraponto as empresas ligadas a serviços e concessões. O Ibovespa encerrou aos 75.429 pontos (0,99%), acumulando queda de 1,29% na semana, -1,63% no mês, -1,27% no ano e 1,03% em 12 meses.

Atenção ao dólar e juros futuros

O dólar, influenciado, segundo os analistas, principalmente pelo otimismo dos investidores quanto à dinâmica eleitoral mais recente, arrefeceu ante sessão anterior que marcou o maior nível da moeda em sua série histórica pós plano real. A moeda norte-americana fechou em R$ 4,1669 (-0,72%), acumulando 1,21% na semana, 2,28% no mês, 25,94% no ano e 33,65% em 12 meses. “O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 285 pontos, versus 284 pontos da véspera”, destaca a equipe do BB Investimentos. Já os juros futuros, acompanhando o dólar, recuaram, com o movimento ficando mais evidente na seção longa da curva a termo.

Política segue dominando a performance dos mercados

No início desta semana, segundo avaliação de Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da Modalmais, os investidores terão que acompanhar a pesquisa Datafolha com a evolução dos principais candidatos. “Está no radar que Haddad subirá, por conta de sua indicação para cabeça de chapa do PT. Tanto é verdade que Alckmin se antecipou ‘pregando’ desde logo o voto útil”, analisa. “Seria preciso ainda a união da centro-direita para alavancar Alckmin e guindar o candidato ao segundo turno”, completa o economista.

Para ele, a política segue dominando a performance dos mercados e os dados econômicos já não fazem mais tanto efeito. “Mas é importante ter atenção, pois a economia está desacelerando e a inflação começa a mostrar sua face, até por conta da performance de alta do dólar influindo no custo de produção das empresas”, alerta Bandeira, ressaltando que será esse o ambiente durante setembro e outubro.

Volatilidade permeia atitude dos investidores

“A volatilidade e as mudanças constantes de rumos ao sabor do noticiário político devem permear a atitude dos investidores”, avalia. “Do ponto de vista da análise técnica, não deveríamos perder a faixa de 74.300 pontos do Ibovespa, sob pena de acelerar perdas”, conclui.

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