As ações das principais companhias aéreas e de turismo têm perdido valor de mercado por conta dos avanços da ômicron em todo o mundo.
Para piorar, o clima adverso e a falta de tripulantes nos Estados Unidos provocaram o cancelamento de mais de 1.400 voos em meio ao aumento de casos de coronavírus no país. Na segunda-feira, 3, foram registradas mais de 1 milhão de infecções de Covid-19 em 24 horas.
Apesar do recorde mundial de casos, o sistema de saúde americano ainda não foi sobrecarregado, o que trouxe alívio para os investidores.
Aqui, no Brasil, as companhias aéreas Azul (SA:AZUL4) e Gol (SA:GOLL4) adotaram diversas medidas para preservar o caixa e fortalecer a liquidez em resposta ao declínio significativo das viagens causado pelo surto da Covid-19.
Contudo, se observarmos o patrimônio líquido das companhias aéreas do Brasil nos últimos cinco anos, veremos que o desempenho financeiro não estava bom antes mesmo da pandemia.
O patrimônio líquido das companhias aéreas locais estava negativo antes da pandemia por conta de crises domésticas que afetaram essas empresas — e o prejuízo “come” o patrimônio líquido.
Então, antes dos desafios impostos pela Covid-19, as aéreas já estavam em situação frágil. Atualmente, estão mais frágeis ainda. Quer dizer, não são um bom negócio no longo prazo.
Em relação a comprar ações da Azul e da Gol, para ganhar dinheiro o investidor precisa acertar o market timing — o que é difícil. Com isso, o investidor vai errar e perder dinheiro. Faz mais sentido comprar boas empresas a longo prazo como PetroRio (SA:PRIO3).