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Às vésperas da conferência anual do Federal Reserve em Jackson, Wyoming, que começa na quinta-feira (21 de agosto), o tema da inflação deve dominar os debates. Embora os dados mais recentes sobre preços tenham mostrado sinais mistos, diversos indicadores levantam dúvidas sobre a conveniência de reduzir os juros na reunião de política monetária do próximo mês, algo que se tornou a visão predominante nas últimas semanas.
Para os mais otimistas quanto à trajetória da inflação, a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) da semana passada trouxe alívio. O indicador avançou 2,7% em julho na comparação anual, mesma variação registrada em junho. Segundo alguns analistas, isso mostra que as tarifas continuam exercendo impacto moderado nos preços, o que reforça o argumento de que o Fed tem espaço para cortar juros na reunião do Fomc em 17 de setembro.
Os céticos, por outro lado, chamam atenção para o núcleo do IPC, que exclui componentes voláteis como alimentos e energia, sendo considerado uma medida mais fiel da tendência. Nesse recorte, a inflação acelerou para 3,1% ao ano, maior nível desde fevereiro e mais de um ponto percentual acima da meta de 2% do Fed.
Outro indicador de inflação, o “Sticky CPI” (IPC aderente) do Fed de Atlanta, mostra um claro movimento de retomada das pressões. Em julho, o índice avançou pelo segundo mês seguido, com alta de 3,4% frente ao mesmo período de 2024. A versão do núcleo exibiu dinâmica semelhante.
Por que monitorar o “Sticky CPI”? A lógica é que ele foca em bens e serviços cujos preços mudam com pouca frequência, sendo considerado por muitos uma métrica superior para acompanhar expectativas de inflação.
Vale observar também a aceleração da inflação no atacado em julho, que avançou 0,9% no mês, maior variação mensal em três anos, elevando a taxa anual para 3,3%, patamar mais alto desde fevereiro.
“O fato de o PPI ter superado as projeções enquanto o IPC se manteve mais contido sugere que as empresas ainda absorvem boa parte dos custos das tarifas em vez de repassá-los ao consumidor”, afirmou Clark Geranen, estrategista-chefe da CalBay Investments. “Mas é possível que em breve as companhias passem a repassar esses custos.”
Pesquisas da Universidade de Michigan indicam que os consumidores já percebem esse risco, com expectativas de inflação em alta. O índice de sentimento do consumidor nos EUA caiu em agosto, registrando a primeira baixa em quatro meses. “A deterioração está ligada principalmente a preocupações maiores com inflação”, destacou o relatório.
O dilema para o Fed é que também há sinais de fragilidade no mercado de trabalho, argumento favorável a cortes de juros. A criação de vagas somou apenas 73 mil em julho, sugerindo riscos para a perspectiva de crescimento.
Mesmo assim, dirigentes do Fed têm enfatizado diferentes aspectos nos últimos dias. Segundo a NBC News, Michelle Bowman, integrante do conselho da instituição, declarou: “Com a inflação subjacente caminhando de forma sustentada para 2%, demanda agregada mais fraca e sinais de fragilidade no mercado de trabalho, penso que devemos concentrar o foco nos riscos ligados ao nosso mandato de emprego.”
Já Austan Goolsbee, presidente da distrital de Chicago do Fed, minimizou a perda de ritmo na geração de postos em entrevista na quarta-feira. Para ele, parte da desaceleração pode estar relacionada à queda da imigração, em função das restrições na fronteira impostas pelo presidente Donald Trump, e não a uma economia mais fraca. Goolsbee ainda lembrou que a taxa de desemprego segue baixa, em 4,2%, evidenciando resiliência do mercado de trabalho.
No mercado futuro, os contratos de fed funds ainda embutem corte de 0,25 ponto na próxima reunião, mantendo a percepção de que a tese de desaceleração da economia prevalece. Ainda assim, novas divulgações de inflação e emprego antes do encontro podem ser decisivas. Embora o Fed evite definir política com base em um único dado, a próxima leitura do IPC e o relatório de payroll de agosto podem ter influência incomum.
A grande questão: o Fed reduzirá juros se a inflação ao consumidor voltar a mostrar pressão? Talvez os sinais comecem a aparecer em Jackson Hole ainda esta semana.
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