Soja: Cotações externas caem, mas seguem firmes no BR

Publicado 14.07.2025, 09:12
Atualizado 14.07.2025, 09:12

Os valores externos da soja caíram na última semana, pressionados pelas condições climáticas favoráveis às lavouras de soja nos Estados Unidos e pelos estoques elevados no Brasil e na Argentina, avaliam pesquisadores do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a desvalorização internacional também foi intensificada pelas tarifas – recíprocas – impostas pelo governo norte-americano para diversos países, inclusive o Brasil, que passam a valer em 1º de agosto. Já no mercado doméstico, o movimento de baixa do início da semana passada foi interrompido. Isso porque, conforme explicam pesquisadores do Cepea, a tensão comercial entre os Estados Unidos e países importadores de grãos e a valorização do dólar frente ao Real tendem a redirecionar demandantes de soja norte-americana ao Brasil.

MILHO: Avanço de colheita recorde e demanda fraca mantêm preços em queda

Os preços do milho seguem em queda no mercado doméstico, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o avanço da colheita da segunda safra, que deve ter produção recorde, e a retração compradora são os fatores que pressionam os valores. Além disso, a demanda externa também enfraquecida reforça o movimento de queda no preço interno do cereal. Em seu 10º levantamento de safra, a Conab apontou aumento na produção total de milho no Brasil. O reajuste positivo em julho – tanto em relação ao relatório de junho/25 quanto ao de julho/24 – se deve às maiores produções esperadas para as primeira e segunda safras, conforme explicam pesquisadores do Cepea. No agregado, a Conab estima 131,97 milhões de toneladas de milho na temporada 2024/25, consolidando o crescimento de 14,3% frente ao ano anterior (2023/24) e a maior colheita da história.

FEIJÃO: Exportações crescem com força no 1º semestre

O primeiro semestre de 2025 finalizou com panorama positivo para as transações externas do feijão. Segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de feijão somaram 137,02 mil toneladas de janeiro a junho deste ano, expressivo aumento de 89% frente ao mesmo período de 2024. As importações, por sua vez, somaram 4,9 mil toneladas no primeiro semestre, 46% abaixo das registradas de janeiro a junho de 2024. No mercado doméstico, levantamento do Cepea mostra que os valores dos feijões carioca de notas 9 ou superior, os dos grãos de notas 8 e 8,5 e os pretos seguem em queda. No entanto, pesquisadores do Cepea indicam que as desvalorizações têm sido mais intensas para os feijões comerciais, que, além da maior oferta, apresenta demanda enfraquecida. No caso dos grãos de maior qualidade (notas 9 ou superior), o movimento de queda acaba sendo limitado pelo fato de produtores que ainda detêm estes lotes optarem por armazenar os grãos, à espera de uma reação nos valores. No campo, a colheita avança em importantes regiões produtoras, enquanto a terceira temporada segue em desenvolvimento, com preocupações fitossanitárias em algumas lavouras.

MANDIOCA: Após dez quedas consecutivas, média semanal sobe

Capitalizados, muitos produtores têm priorizado os trabalhos de plantio, limitando a oferta de mandioca disponível, aponta levantamento do Cepea. Somado a isso está a gradual diminuição na disponibilidade de lavouras de raízes de 2º ciclo (mais de 12 meses) em parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Nesse sentido, as pressões baixistas se enfraqueceram nesta semana, sobretudo nas praças do Paraná, e a média subiu após dez semanas de recuos consecutivos. Levantamentos do Cepea mostram que o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 500,03 (R$ 0,8696/grama de amido), ligeiro avanço de 0,3% em relação à semana anterior. No comparativo com período equivalente do ano passado, a média está 3% acima, em termos reais (utilizando o IGP-DI como deflator).

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