Bitcoin oscila com dados de inflação, mas mantém suporte crucial
SÃO PAULO (Reuters) -O presidente-executivo da Natura (BVMF:NATU3), João Paulo Ferreira, afirmou nesta terça-feira que os trabalhos para separação ou venda da Avon International e a Avon América Central e República Dominicana (CARD) avançaram de forma significativa nos últimos meses.
"Nossos auditores ratificaram a classificação desses ativos como mantidos para venda dadas as evidências de alta probabilidade de uma conclusão desses processos em até 12 meses", afirmou o executivo, sem detalhar quais seriam essas evidências em teleconferência com analistas.
Ao divulgar o balanço do segundo trimestre na terça-feira, a Natura informou que a Avon International e a Avon América Central e República Dominicana (CARD) foram reclassificadas como ativos mantidos para venda no segundo trimestre. Em 2024, eram citadas como operações descontinuadas.
"A conclusão das alternativas estratégicas para a Avon Internacional é prioridade absoluta", reforçou Ferreira.
"Acreditamos que os movimentos incrementais de simplificação da Natura no segundo trimestre indicam uma possível venda iminente da Avon International", afirmaram analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) em relatório a clientes antes da teleconferência, citando que isso acabou ofuscando o Ebitda abaixo do esperado pelo mercado.
Na bolsa paulista, por volta de 12h20, as ações da Natura caíam 5,96%, a R$8,84, após terem avançado nos primeiros negócios, com alta de 2,55% no melhor momento. O Ibovespa, no mesmo horário, avançava 1,44%.
No segundo trimestre, o Ebitda recorrente da Natura somou R$795,6 milhões, alta de 4,5% ano a ano, enquanto a receita líquida recuou 1,7%, para R$5,7 bilhões, também menor do que previsões de analistas no mercado.
Ferreira afirmou na teleconferência que vê um ambiente de negócios à frente menos favorável, citando um cenário de desaceleração no consumo no Brasil, pressão no México e potenciais variações cambiais na Argentina.
Para enfrentar um potencial segundo semestre de consumo mais lento no Brasil, por exemplo, ele não descarta ajustes operacionais, como de mix de produtos.
"São momentos em que o mix acaba se deslocando um pouco mais na direção de produtos de uso diário, por exemplo... vamos fazendo ajustes nas nossas ofertas para poder manter competitividade, é preciso navegar conforme as ondas do mercado", afirmou, destacando que a empresa está bem preparada.
(Por Paula Arend LaierEdição de Pedro Fonseca)