Soja: Demanda externa sustenta preços domésticos

Publicado 09.06.2025, 09:09

Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa. A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua lenta. Segundo o Centro de Pesquisas, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Em maio, o Brasil exportou 14,09 milhões de toneladas do grão, 4,9% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,7% abaixo do escoado em abril, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Na parcial de 2025 (até maio), os embarques somam quantidade recorde, de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do vendido em período equivalente de 2024. Para o segundo semestre, pesquisadores do Cepea explicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atrativa.

MILHO: Preços seguem em queda no BR

Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior. Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.

FEIJÃO: Preços superam médias dos últimos 9 meses para lotes de maior qualidade

Sustentados sobretudo pela oferta restrita, os preços do feijão carioca de melhor qualidade (notas 9 a 10) seguem firmes em grande parte das regiões pesquisadas pelo Cepea, superando as médias registradas entre setembro/2024 e maio/2025. Já no mercado de feijões comerciais (notas 8 a 8,5), o volume maior de grãos disponíveis, incluindo lotes da safra passada, tem dificultado qualquer recuperação de preços, conforme aponta o Centro de Pesquisas. No balanço da semana passada, pesquisadores do Cepea explicam que o foco do mercado esteve voltado para o escoamento dos estoques, com negociações pontuais e compras parciais destinadas ao abastecimento do varejo. Esse ritmo mais cauteloso, típico de momentos de transição entre safras, travou parte dos negócios: de um lado, compradores evitam grandes volumes; de outro, produtores seguem resistentes a propostas em patamares mais baixos.

MANDIOCA: Cotações recuam pela 3ª semana consecutiva

Ainda visando se capitalizar, principalmente para o cultivo da safra 2025/26, produtores continuaram interessados na comercialização de mandioca ao longo da última semana, apesar das chuvas ocorridas em muitas praças, apontam levantamentos do Cepea. Além disso, há aqueles que intensificaram a colheita para a liberação de áreas. Assim, a oferta de raiz se elevou na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, pressionando os valores médios pela terceira semana consecutiva. Entre 2 e 6 de junho, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 537,88 (R$ 0,9354/grama de amido), 0,55% abaixo da do período anterior. Já em relação a intervalo equivalente do ano passado, a cotação atual supera em 18,8%, em termos reais (utilizando o IGP-DI como deflator), conforme levantamentos do Cepea. 

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