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Soja: Demanda Mundial por Óleo Maior e Oferta do Derivado Menor em Abril

Publicado 06.05.2022, 12:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A demanda mundial por óleo esteve maior em abril, ao passo que a oferta do derivado esteve menor. Além da guerra entre Rússia e Ucrânia e dos maiores preços do petróleo, alguns países restringiram as vendas externas de óleo de palma, com o objetivo de conter o processo inflacionário – como é o caso da Indonésia, a maior produtora e exportadora mundial desse produto. A Argentina, a maior exportadora mundial de óleo de soja, também passa por restrição de produção, diante da menor disponibilidade de matéria-prima na safra 2021/22. Além disso, houve greve de caminhoneiros no país em meados de abril, o que prejudicou o escoamento do derivado argentino. A maior taxa de exportação do complexo soja da Argentina e a menor oferta global dos óleos de palma e de girassol também influenciaram o aumento na procura pelo óleo de soja dos Estados Unidos.

aumento na procura pelo óleo de soja dos Estados Unidos. Esse cenário elevou os preços futuros do óleo de soja na CME Group (Bolsa de Chicago), onde o contrato de primeiro vencimento do derivado registrou patamar recorde em abril, de US$ 0,7920/lp (US$ 1.746,09/tonelada), significativa alta de 4,4% em relação à média de março. A participação do óleo de soja na margem de lucro das indústrias norte-americanas cresceu, e, pela primeira vez na história, em alguns dias de abril, superou a participação do farelo de soja. Diante da maior demanda por óleo de soja, aumentaram as expectativas de maior oferta de farelo de soja, cenário que pressionou os preços desse subproduto em abril. Considerando-se o contrato de primeiro vencimento, o preço futuro de farelo de soja foi a US$ 457,96/tonelada curta (US$ 504,81/t) no último mês, queda de 4,6% sobre o de março. Os preços futuros de soja foram sustentados pela firme demanda para esmagamento nos Estados Unidos. Com isso, o contrato de primeiro vencimento na CME Group foi de US$ 16,8230/bushel (US$ 37,09/sc de 60 kg) na média de abril, 0,2% superior à média de março.

BRASIL – Já no mercado brasileiro, os preços do complexo soja caíram no decorrer de abril, pressionados pela desvalorização do dólar frente ao Real, de 4,3% entre março e abril, indo para R$ 4,7533 no último mês – este é o menor valor mensal desde fevereiro de 2020. Além disso, os preços da soja também foram pressionados pela finalização da colheita no País e pela menor demanda pela oleaginosa brasileira. A retração de parte dos sojicultores elevou a disparidade entre as ofertas de compra e de venda, reduzindo a liquidez no mercado interno. Em abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) teve preço médio de R$ 186,36/sc de 60 kg, forte queda de 6,6% em relação à média de fevereiro. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná recuou expressivos 7% de março para abril, a R$ 182,20/sc de 60 kg no último mês. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre as médias de março e de abril, as cotações caíram 9,3% no mercado de balcão (pago ao produtor) e 7,7% no de lotes (negociações entre empresas). Quanto aos derivados, a menor demanda por óleo de soja para produção de biodiesel pressionou as cotações no decorrer de abril, entretanto, a maior procura externa voltou a impulsionar os preços desse subproduto, sobretudo no fim do mês, limitando a queda. O preço do óleo de soja na cidade de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) caiu 1,6% entre março e abril, para a média de R$ 9.201,45/tonelada no último mês. No mercado de farelo de soja, as cotações também recuaram em abril, foram pressionadas pela ausência de compradores no mercado, que não mostraram necessidade de adquirir volumes grandes para curto prazo. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores do farelo caíram 11,5% entre março e abril.

CAMPO – Em abril, a colheita de soja terminou nas principais regiões produtoras do Brasil. Segundo a Conab, 93,9% da área cultivada com soja no País havia sido colhida até o dia 30 de abril, abaixo dos 95,6% em igual período da temporada passada. Dentre os estados que ainda estão em trabalho de campo, 98% da área do Paraná foi colhida, 98% do Piauí, 82% do Maranhão, 96% de Santa Catarina, 99% da Bahia e 68% do Rio Grande do Sul. Na Argentina, o clima favoreceu a colheita, e a Bolsa de Cereales reportou que 46,4% da área cultivada com soja no país havia sido colhida até 27 de abril. Já nos Estados Unidos, a semeadura da temporada 2022/23 começou com problemas climáticos. O clima úmido e frio limitou os trabalhos de campo no Meio-Oeste do país. Segundo o relatório de acompanhamento de safras do USDA, 8% da área destinada ao grão havia sido semeada até o dia 1º de maio, abaixo dos 22% semeados no mesmo período do ano passado.

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