Os estoques de cortes suínos aumentaram nesta semana, em decorrência da demanda enfraquecida nas principais regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo colaboradores consultados, a redução do consumo, observada desde a semana do Dia dos Pais, quando as vendas não atingiram as expectativas, se intensificou ainda mais com a entrada da segunda quinzena do mês. Nesse cenário, as cotações da costela caíram para R$ 10,29/kg no estado de São Paulo nessa quarta-feira, 23, valor 6,7% menor que o da quarta anterior. Com a menor procura por cortes, a oferta de carcaças também aumentou, pressionando os valores desse produto e, consequentemente, do vivo na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
BOI: FALTA DE ANIMAIS GORDOS REDUZ LACUNA ENTRE PREÇO DE SP E DE OUTROS ESTADOS
A escassez de animais prontos para abate em São Paulo tem levado a indústria frigorífica do estado a buscar animais em regiões vizinhas, principalmente Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. Com isso, a diferença entre os preços paulistas e os de outros estados, que vem diminuindo desde julho, se estreitou ainda mais nas últimas semanas, refletindo também a redução dos impostos sobre o gado vindo de outros estados. Na parcial de agosto (até o dia 22), a menor diferença de preços, de 0,4%, é observada entre o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (SP) e a região noroeste do Paraná – em 2016, essa diferença era de 2,7%, e nos últimos dez anos, de 3,4%. Nesse cenário, colaboradores de São Paulo consultados pelo Cepea afirmam já ter planos de adiar a comercialização de animais prontos para o abate, à espera de preços maiores que os ofertados até o momento.
BANANA: PRATA ANÃ SE VALORIZA 34% NO VALE DO SÃO FRANCISCO
Com oferta reduzida e demanda firme, as cotações da banana prata anã estão em alta no Vale (SA:VALE5) do São Francisco (PE/BA). Entre 14 e 18 de agosto, o preço pago aos produtores dessa região teve média de R$ 1,16/kg, valor 34% superior ao da última semana. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o volume da variedade deve permanecer limitado durante o segundo semestre, com previsão de aumento apenas para os meses de dezembro/17 e janeiro/18. Assim, as cotações devem seguir em patamares elevados.