Aliviando nas tintas
Mercados hoje deixam de lado as tintas carregadas da sessão anterior, e voltam a pintar um futuro em tons suaves. Tensões políticas dão lugar a apostas renovadas em iniciativas pró-crescimento nos Estados Unidos, levando Dow Jones a nova máxima histórica.
Me preocupa o pouco caso que está sendo feito com a perspectiva de alta de juros por lá, bem como com um quadro fiscal que se contrapõe aos desejos de Trump. Mas hoje, na visão do mercado , eu estou errado. Então tá…
Otimismo repercute por aqui, com Bolsa em alta. Embora destaques estejam a cargo de exportadoras, muitos nomes domésticos também caminham bem. Nos juros, nada de mais acontecendo.
O mundo das ideias
No front doméstico, dia é fraco de indicadores. Merece menção o bom resultado de Itaú (SA:ITUB4), em contraste aos números decepcionantes que Bradesco (SA:BBDC4) divulgou dias atrás.
Ainda mais importante que os números de 4T16 é, para o setor, o painel sobre spread bancário que hoje ocorre com participação de Ilan Goldfajn. Não é novidade que o tema é caro à equipe econômica… acompanhemos.
Aproveitando a menção ao presidente do BC, destaco a crescente percepção no mercado de que a trajetória recente do real estaria lhe trazendo desconforto. Por último, nosso banqueiro central sinalizou que cogita a hipótese de mudar sua estratégia de atuação no mercado de câmbio.
Por ora, tudo restrito ao mundo das ideias. Registro meus votos de que eventuais mudanças sigam respeitando nosso regime de câmbio flutuante. De qualquer forma, fica a dica aos que volta e meia escrevem perguntando sobre o momento de comprar dólar: talvez o momento seja propício.
Dias melhores
Moody’s está em terras tupiniquins, em reuniões para aferir como andam as coisas por aqui.
Certamente vivemos dias melhores do que quando do último périplo da agência de risco por aqui, mas seria o suficiente para já provocar impressão boa o bastante para mudar nossa avaliação?
Ante a aposta majoritária do mercado no não , seria uma bela surpresa caso os analistas voltassem para casa encantados com o Novo Brasil que se avizinha. Enfatizo que não conto com isso... mas que seria bom, seria.
O segundo sol
Deixemos as filigranas do curto prazo de lado por um momento: o acompanhamento obsessivo do dia-a-dia, de cada tick do mercado, é um constante convite à miopia.
Feche os olhos por um instante e tome consciência de que, neste exato momento, você se encontra em uma bola azul vagando pelo vazio infinito do universo à velocidade de 30 quilômetros por segundo. É algo de dimensões colossais, que leva aos últimos limites nossa capacidade de entendimento.
As maiores macrotendências do mercado são de similar ordem de grandeza. Daí a dificuldade em identificá-las, tarefa que inevitavelmente recai sobre quem já viu muita coisa — e, mais do que simplesmente vê-las, aprendeu ao máximo com elas.
Pedro Cerize está no mercado desde 1991. Aos 26 anos de práxis diligente se somam décadas de estudo minucioso da história do mercado de capitais. E afirma com convicção: a história tende à rima, não ao plágio, mas ainda assim indica a direção correta ao historiador.
Do alto de sua experiência, ele avisa: tal qual a chegada do segundo sol realinhará as órbitas dos planetas, uma rara conjunção de três fatores derrubará, com assombro exemplar, o que os financistas diriam se tratar de outro cometa.
Uma nova era está à frente, e as boas novas são anunciadas em uma série de relatórios especiais dentro do Palavra do Estrategista.
Leitura simplesmente obrigatória para quem quer ganhar dinheiro de verdade no mercado. Depois nos escreva contando suas impressões.
Conviver é uma arte
Fiz uso de um pequeno espaço no M5M do dia 02/12 para congratular XP e Ricopelo então recém anunciado matrimônio. A troca de alianças, à época, foi acompanhada de juras eternas de manutenção da independência das operações — compromisso assumido perante todos os clientes da noiva.
Conviver é uma arte
Fiz uso de um pequeno espaço no M5M do dia 02/12 para congratular XP e Ricopelo então recém anunciado matrimônio. A troca de alianças, à época, foi acompanhada de juras eternas de manutenção da independência das operações — compromisso assumido perante todos os clientes da noiva.
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