Os comentários do presidente do Fed. Jerome Powell fizeram ontem o mercado subir. Foi mais um dia volátil no câmbio com a moeda norte americana oscilando entre R$ 5,1274 e R$ 5,1937. Por fim fechou cotado a R$ 5,1791.
Dentre os comentários de Powell, podemos destacar a afirmação que o Federal Reserve está "fortemente comprometido" em reduzir a inflação e reconheceu os riscos que juros mais altos podem representar para a atividade econômica americana. Nesta fala está implícito que eles aumentarão os juros, ainda que isso leve a economia americana, eventualmente, para uma recessão.
Quanto mais altos os custos dos empréstimos nos EUA, mais atraente tende a ficar o dólar para investidores que buscam, ao mesmo tempo, rentabilidade e segurança.
O cenário interno também inspirou cuidado por parte dos investidores com Bolsonaro falando que o futuro presidente da Petrobras (SA:PETR4), Caio Mário Paes de Andrade deverá trocar toda a diretoria da empresa quando assumir o posto, e que o conselho de administração da petroleira poderá alterar a política de preços que prevê a paridade com a cotação internacional do petróleo.
Já com relação a questão fiscal brasileira, que segue no radar do investidor, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o governo sinalizou estar disposto a ampliar o auxílio gás ou até mesmo criar um "voucher" a caminhoneiros.
Ainda assim, devido ao alto patamar dos juros brasileiros, que eleva o retorno da moeda doméstica, nosso real não deve sofrer tanto quanto outras moedas de países emergentes. A taxa Selic está em 13,25% atualmente. O dólar acumula queda de 7% contra o real até agora em 2022.
Com as eleições se aproximando e cenário externo de possível recessão, o cenário é de muita volatilidade.
Para hoje veremos o relatório trimestral da inflação aqui e a reunião mensal do CMN. Nos EUA atenção para o número dia pedidos iniciais por seguro desemprego e mais depoimento de Powell.
Boa sorte, turma! E ótimos negócios e lucros a todos!
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