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Taxa Selic: Mudando a Expectativa Para o Copom

Publicado 15.03.2022, 10:11

Certa vez, durante uma discussão sobre política monetária, um crítico acusou o economista John Maynard Keynes (1883-1946) de mudar de opinião e ouviu a resposta: “When the facts change, I change my mind. What do you do Sir?” (Quando os fatos mudam, eu mudo minha opinião. O que o senhor faz?, em tradução livre). Ainda que haja controvérsia sobre a autoria, a frase é espetacular para ilustrar a natureza contingente das opiniões.

Diante do choque de oferta decorrente da alta do petróleo, a equipe econômica da Kilima revisou o cenário de inflação de 5,7% para 6,3% e nível terminal de Selic de 12,75% para 13% e, agora, vemos a necessidade de uma nova alta 150 bps na reunião de 16 de março.

Em fevereiro, o cenário de referência do Banco Central projetava uma inflação de 5,4% para 2022, o que era compatível com uma redução do ritmo de elevação da taxa Selic, conforme sinalizado.

Contudo, o cenário de inflação mudou após a invasão da Ucrânia e as sanções sobre a Rússia. As novas projeções apontam um IPCA em torno de 1% em março e abril. Assim, em termos relativos, um aperto de 150 bps não vai produzir nem sequer o mesmo efeito do que os 100 bps produziriam no cenário esperado pelo Copom quando a sinalização foi feita.

Na prática, isso significa que a “surpresa inflacionária” corrói o aperto real que o BCB pretendia produzir em um cenário de inflação mais alta. Por isso, entendemos ser preferível renunciar à sinalização de desaceleração e manter o ritmo de aperto em 150 bps.

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Outra razão para atacar imediatamente o choque de oferta é o horizonte de convergência, se o objetivo for ancorar o IPCA de 2023 perto da meta, é preciso conter os efeitos secundários do choque de preços de energia e commodities tempestivamente.

Assim, a despeito do comunicado do Copom de fevereiro ter dito que “o Comitê antevê (...) a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, o texto já tinha uma cláusula de escape ao lembrar que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução (...) do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”.

Acreditamos que as consequências econômicas da guerra configurem uma mudança relevante dos fatos e esperamos que o COPOM adapte sua reação de acordo com isso. O que você faria?

Últimos comentários

o BC esta nessa briga sozinho para conter a inflaçao o governo pouco se importa, ano de eleiçao ele quer è gastar o que pode e o que nao pode , somando o cenario inflacionario global no pos pandemia e com as incertezas e os riscos da guerra a tendencia è piorar mais um pouco, mas chegaremos a um patamar de estabilizaçao mas cedo ou mais tarde infelizmente aqui o que vai frear a escalada inflacionaria vai ser a SELIC a um patamar de 14% talvez 15% com a curva embicando para baixo ja no final do 4t22 , o questionamento de ser certo ou errado deixa pro eleitor avaliar na hora de escolher quem vai governar de fato esta zona chamada Brasil o golpe esta ai cai quem quer, pior que a inflaçao è a altissima carga tributária mas como abrir mao de arrecadaçao se a meta e gastar cada vez mais pra se manter no poder deixa que o BC se vire com a SELIC 💰💰💰💰
infelizmente sim, mas se gastar corre o risco de perder a eleição que seria o pior dos mundos, que o diga a Argentina que seguiu as orientações da oposição que é contra até a criação de um teto de gastos
mas se não gastar..
Essa selic tinha que estar uns 18% a.a por 2 anos....ai em 2024 baixar pra 6 e ficar uns 3 anos....tentar dar choques altos e baixos....
Quanto maior a Selic menor a criação de empregos, esse governo, goste ou não criou 3 milhões de empregos, PIB de 4.6, muito porquê derrubou a Selic pra 2% que elevou o dólar
Nada adianta aumentar a SELIC até o infinito se a pressão da inflação é global e de fatores externos. Estão apertando ao extremo o mercado interno enquanto todas as causas são do mercado externo. Pode colocar SELIC a 1000% que nada vai mudar e só vai dilacerando o mercado interno. Aumentar a SELIC vai acabar com o consumo interno e nada vai ajudar nos aumentos constantes de Energia, Alimentos e Commodities. Mais uma vez o Brasil sendo saqueado pelo mercado, este juros elevadíssimo serve somente para o investidor conseguir uma taxa absurda de um país quebrado e que eles não conseguiriam em outro lugar no mundo. Vai Brasil, país de paspalhos!
sabe de nada inocente 🤣🤣🤣🤣
perfeita sua colocação!
Para evitar a aceleração da inflação e a perda do segundo mandato, a Selic deveria subir uns 5 pontos percentuais.
O Brasil mantem uma politica de paridade SELIC x Inflação X Crescimento que ninguém no Exterior entende...     Somente aqui o Juros é nas alturas com expectativas para que o consumo diminua.   Lá fora ... o juros é baixo com perspectivas para que o consumo aumente e assim outras politicas monetários são utilizadas...  Desde o império somos um pais do contrario,  aonde o errado é certo e vice versa...  e assim os estrangeiros tem um pais fácil para especular e ganhar dinheiro dos trouxas que trabalham...
vc não quer comparar Brasil com usa e Europa né?
250 pontos no minimo
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