Eike alívio
Juros inalterados nos EUA, como esperado. Próxima reunião é em Novembro, uma semana antes das eleições presidenciais. A chance de acontecer qualquer coisa, francamente, é nula. Reforçada sinalização de Dezembro. Até aí, sem novidade. A surpresa positiva é nas projeções para 2017 e anos subsequentes, que sugerem uma trajetória de elevação mais suave do que o mercado vinha imaginando. Subirá, mas subirá menos. Com isso, reacendeu-se o apetite por ativos de maior risco. Mercados em forte alta mundo afora, aliviados: há tempos não via tanto verde na minha tela.
Eike discurso
Otimismo externo repercute aqui, com raras exceções. Faz eco também a incursão de Temer em Nova York. Deve ser porque, depois de anos de dificuldades insuperáveis, os investidores conseguem entender o que o mandatário do país fala. Estabilidade política, segurança jurídica e potencial de crescimento são os pilares do discurso de Temer, que convida enfaticamente os gringos a investirem no Brasil. Falar é importante, mas fazer é ainda mais: o Presidento afiançou que a PEC dos gastos públicos passará. A credibilidade do país agradece.
Eike oportunidade
O IPCA-15 veio abaixo do esperado. Ficou em 0,22 por cento, contra os 0,33 da mediana das projeções — o mais otimista esperava 0,25. As medidas de núcleo, que expurgam do índice o efeito de componentes mais voláteis, indicam que o dragão efetivamente está perdendo força. Petrobras (SA:PETR4) dá sinais de que teremos redução do preço da gasolina até o final do ano, o que deve trazer desinflação adicional. Meirelles, em Nova York, sugere que queda da Selic até o final do ano é “altamente provável”. Eufemismo: “altamente provável” não é um simples corte em uma das próximas rodadas do Copom, mas sim o início de um ciclo acentuado de corte de juros.
Quem se posicionar corretamente colherá ganhos de magnitude típica de renda variável com a Oportunidade da Década na Renda Fixa.
Eike retomada
Não pense em crise: trabalhe. Ministério do Planejamento fez um levantamento de 1.600 obras inacabadas no país, um quarto delas com condições de retomada imediata. Custo é da ordem de 2 bilhões de reais, e poderia — a princípio — ser coberto com recursos que já estão na programação orçamentária dos ministérios. Seria um alívio se a iniciativa deslanchasse, ainda mais se ganhasse corpo. Bom para o contribuinte, que já contribuiu para o início das obras e não vê contrapartida. Bom para as construtoras — vale lembrar que o setor não se limita àquelas megaempresas encrencadas —, bom para toda a cadeia produtiva. Talvez ainda não seja o suficiente para reanimar o case de Mills (MILS3 (SA:MILS3)), mas alguma rebarba poderia vir. Bom mesmo há de ficar com o deslanchar de investimentos em infraestrutura por aqui.
Eike recessão?
O Banco da Inglaterra pode ter de revisar suas projeções para a economia britânica. Para cima. Quem dá o sinal é Kristin Forbes, figura do alto escalão do Banco, segundo quem o impacto da saída da UE para o reino de Elizabeth II não será tão agudo quanto o inicialmente previsto. A propósito, este aqui é o desempenho recente do FTSE 100, principal índice da bolsa londrina. A seta é autoexplicativa.
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