Moraes determina investigação sobre suspeita de "insider trading" em anúncio de tarifa de Trump
- Grandes bancos reportaram lucros robustos no segundo trimestre, impulsionados pelas áreas de trading e banco de investimento, embora os CEOs tenham mantido um tom cauteloso diante dos riscos econômicos.
- O índice de adiamento de balanços (LERI) indica maior confiança por parte das empresas, apesar do aumento no número de divulgações fora do padrão.
- Nesta semana, empresas-chave do setor de tecnologia (Tesla e Alphabet) e da indústria apresentam seus resultados, com o pico da temporada previsto entre 28 de julho e 15 de agosto.
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Os grandes bancos abriram a temporada de balanços na semana passada, ao divulgarem os resultados do segundo trimestre. A atenção dos analistas esteve voltada a alguns indicadores-chave, como margem financeira líquida (NII), desempenho da área de banco de investimento e receitas com operações de trading, todos destacados nos relatórios.
O JPMorgan Chase (NYSE:JPM) iniciou a semana com resultados acima das estimativas tanto em receita quanto em lucro. Embora a volatilidade dos mercados tenha diminuído no final do trimestre, movimentos expressivos ocorridos em abril, motivados pela incerteza nas políticas comerciais, beneficiaram a receita com renda variável, que avançou 15%.
A divisão de renda fixa também teve desempenho positivo, com crescimento de 14%. O segmento de banco de investimento, que havia começado o trimestre de forma mais lenta por conta dos anúncios comerciais de Trump em 2 de abril, surpreendeu positivamente: as taxas (fees) cresceram 7% no período.
Apesar dos números sólidos, o CEO Jamie Dimon manteve o discurso cauteloso. Ao reconhecer que “a economia dos EUA se manteve resiliente ao longo do trimestre”, ele acrescentou:
“A finalização da reforma tributária e a possibilidade de desregulamentação são positivas para o cenário econômico. Ainda assim, permanecem riscos relevantes, incluindo tarifas e incertezas no comércio, deterioração do ambiente geopolítico, déficits fiscais elevados e valorização excessiva dos ativos.”
Esse tom acabou sendo replicado por outros bancos. Os balanços de Citigroup (NYSE:C), Morgan Stanley (NYSE:MS) e Goldman Sachs (NYSE:GS) também vieram sustentados pelo bom desempenho nas áreas de trading e banco de investimento. Já em relação à margem financeira líquida, tanto o Wells Fargo (NYSE:WFC) quanto o Bank of America (NYSE:BAC) apontaram esse item como ponto fraco no trimestre.
Com os números dos grandes bancos e de outras 34 companhias do S&P 500 que divulgaram balanço na semana passada, o crescimento consolidado do lucro no 2º trimestre subiu de 4,8% para 5,6%. Já o avanço da receita se manteve relativamente estável, passando de 4,2% para 4,4%. O percentual de empresas que superaram as expectativas de lucro e receita segue elevado: 83% das companhias do índice superaram as projeções, acima das médias dos últimos 1, 5 e 10 anos, segundo a FactSet.
Menos empresas adiaram a divulgação de resultados no 2º tri
Depois de atingir o maior patamar em quatro anos no 4º trimestre de 2024, o Late Earnings Report Index (LERI), um indicador proprietário que mede a incerteza por parte de CEOs, apresentou três trimestres consecutivos abaixo da média histórica, à medida que as empresas se prepararam para divulgar os resultados do segundo trimestre.
O LERI acompanha alterações atípicas nas datas de divulgação de balanços entre empresas com valor de mercado superior a US$ 250 milhões. A linha de base do índice é 100: valores acima disso indicam incerteza em relação às perspectivas de curto prazo; abaixo disso, sugerem confiança nos fundamentos atuais.
A leitura oficial do LERI para o 1T foi de 77, bem abaixo da linha de base. Isso mostra que, ao anunciarem suas datas, as companhias estavam relativamente confiantes sobre o cenário econômico. Até o dia 15 de julho, foram registrados 60 outliers atrasados e 70 antecipados.
Esse é o segundo trimestre consecutivo com número de outliers bem acima da média. Para o 3T de 2025, já são 130 registros, contra 103 no mesmo período de 2024, evidenciando que mais empresas estão publicando seus resultados fora do intervalo usual.
Fonte: Wall Street Horizon
No radar da semana: Big Techs começam a divulgar
Embora o pico da temporada ainda não tenha chegado, esta semana já marca uma fase intensa, com destaque para os balanços de duas integrantes do grupo Mag 7. Tanto Tesla (NASDAQ:TSLA) quanto Alphabet (NASDAQ:GOOGL) estão programadas para divulgar seus resultados na quarta-feira, 23 de julho, e vêm registrando desempenho abaixo do grupo em 2025, com TSLA acumulando queda de cerca de 15% e GOOGL recuando 3%, frente a uma alta de mais de 7% no S&P 500 no ano.
Também estão no radar empresas industriais de peso, como Honeywell (NASDAQ:HON) e Texas Instruments (NASDAQ:TXN). O setor vem apresentando desempenho mais fraco, com queda projetada de 0,8% no lucro do trimestre, em linha com a desaceleração do crescimento global.
Fonte: Wall Street Horizon
Onda de resultados do 2º tri: pico entre 28 de julho e 15 de agosto
O auge da temporada de balanços do 2º trimestre deve ocorrer entre os dias 28 de julho e 15 de agosto, período no qual se espera a divulgação de mais de 2 mil relatórios por semana. O dia 7 de agosto deve concentrar o maior volume, com previsão de 1.269 empresas publicando resultados.
Até o momento, apenas 60% das companhias confirmaram as datas de divulgação, dentro de um universo de mais de 11 mil nomes globais acompanhados. As datas restantes foram estimadas com base no histórico de divulgações.
Fonte: Wall Street Horizon
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