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Tese do “Câmbio Alto Juro Baixo” Pode Se Revelar Insustentável. Um Insucesso?

Publicado 08.09.2020, 07:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Em termos macro os benefícios objetivados pelo Ministro Guedes com a tese do “câmbio alto juro baixo”, ancorado num razoável número de “considerandos” fortemente propagadas em colocações enfáticas, fundamentalmente se constituindo um “input” na busca da dinamização da economia brasileira, não pode ser considerado um sucesso.

Tornou o país “mais barato”, mas não foi capaz de atrair investimentos estrangeiros para o país como objetivado, seja na conta capital ou para renda variável; barateou o carregamento da dívida pública e a rentabilidade na venda de uma parcela das reservas cambiais beneficiando o governo central; não motivou o setor privado brasileiro ao investimento a despeito do juro baixo  e foco nas exportações, sendo que somente o agronegócio ganhou maior dinamismo, mas também,  porque houve acentuado aumento da demanda internacional. Afastou os investidores estrangeiros em renda fixa no país e não os atraiu para renda variável face à letargia da atividade econômica e perspectivas.

Enfim, os benefícios foram poucos com a “guinada” focada pela estratégia do governo sob a batuta do Ministro da Economia, mas certamente causou prejuízos relevantes para as empresas que têm seus negócios atrelados em moeda estrangeira afetando resultados dos seus balanços, porque não conseguiu despertar o “espírito empreendedor” do setor privado, que, em tese, deveria assumir o protagonismo da dinamização da atividade economia, visto que o governo estava e está carente de recursos para investimentos.

Há evidências claras de que “na prática a teoria se revelou outra” e que, agora, a despeito da crise fiscal em que o país está envolvido, severamente agravada pela crise da pandemia do coronavírus,  ainda assim o “preço alto” do dólar está “muito alto” para o contexto brasileiro, ainda que com deteriorações fortes, e também afetado pelo ambiente internacional, se revela insustentável e coloca o preço da moeda americana no mercado brasileiro em viés de baixa para ajuste do preço, que ainda poderá resistir “alto” porém em bases mais realistas.

Quando o BC procedeu a revisão do déficit em transações correntes, reduzindo-a a 1/3 do previsto, sancionou a queda brusca de perspectiva de forte demanda no mercado a vista de câmbio, mas ficou a preocupação com a questão fiscal como fator de risco já que o câmbio é sempre o ativo mais sensível, mas gradualmente vem se acentuando a convicção de que o preço está alto mesmo considerando a questão fiscal, e mais e principalmente, os problemas brasileiros que não são poucos não transitam pelo câmbio, e o país está soberbamente protegido por suas reservas cambiais e o mercado de derivativos altamente sofisticado.

Esta visão mais cética deixa o ajuste em desenvolvimento com viés do preço da moeda ficar no entorno de R$ 5,00, ainda um pouco acima do que seria normal e sustentável na medida em que fragiliza as posições de “apostas contra o real”.

Não desejável, mas seriam o caso de se imaginar muito mais plausíveis pressões no mercado de juro, na medida em que haja percepção por parte do mercado de eventual dificuldade do governo rolar a dívida pública, já tendo havido sinalização discreta neste sentido pelo Ministro Guedes.

O Presidente Campos Neto apontou que o risco fiscal causa volatilidade no câmbio, mas nos parece mais razoável que considere mais os efeitos no mercado de juro. O Diretor da entidade, Kanczuk, ao mencionar como improvável uma nova queda de juros parece ter esta percepção mais presente.

A questão fiscal afeta duramente a capacidade do governo de realizar planejamento envolvendo ações mais contundentes focando a retomada da atividade econômica, sendo neutralizante, mas impõe ao setor privado a responsabilidade de assumir o protagonismo deste desafio e este tem sido o fator inibidor da dinamização mais efetiva da economia brasileira.

O setor privado deseja ser beneficiário e coadjuvante, mas precisa, face à carência de recursos governamentais, ser o protagonista e usufruir do “juro baixo” neste sentido para os investimentos.

Há um enorme desafio à frente para o país e, neste contexto, para o setor privado no momento pós pandemia, visto que o governo está enredado pelo teto orçamentário e tem a necessidade de amparar a grande massa de população carente com programa assistencial.

O “cobertor do governo está curtíssimo”, e o setor privado deve assumir a responsabilidade pela retomada.

É imprescindível que haja melhora na coordenação política pelo governo de forma a articular com o Congresso, neste ponto como protagonista, a evolução das Reformas Tributária e Administrativa, criando perspectivas mais imediatas e efetivas, e com os representantes do setor produtivo incitando-os a assumir o protagonismo da recuperação da atividade econômica.

A retirada do caráter urgente da Reforma Tributária é um sinal inicial de falta de convicção e protagonismo pelo Governo e, naturalmente, decepciona e frustra expectativas. A postura que nos parece seria correta é a manutenção da urgência e a articulação com o Congresso, como protagonista, visando a agilização da matéria.

A vontade política deve ser prevalecente sempre e não claudicante por parte do Governo.

Temos enfatizado, e o fazemos mais uma vez, que sem planos efetivos focando o desenvolvimento econômico, harmonioso e com  homogeneidade entre os poderes e setores da economia, a Bovespa não terá impulsão para avanços sustentáveis, pois é dependente de sinais positivos da economia.

Enquanto que, no contexto atual, o câmbio nos parece blindado e não vulnerável, sem risco de crises no seu ambiente, tendendo ao preço de R$ 5,00 ou até menos,  a despeito da excepcional volatilidade que decorre de fatores que o referenciam até para ser “hedge” de outros segmentos operacionais, aqui e no exterior, e até de encontrar na trajetória “degraus de resistência” pois o movimento sujeitará os “apostadores contra o real” a perdas.

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Últimos comentários

De fato a politica está se mostrando insustentável. Entretanto acredito que o governo manterá a política já que o IPCA esconde a inflação real da economia. A insatisfação com a inflação se equilibrara com a satisfação com o auxílio. A conta só vira mais tarde quando estiver bem salgada e a dívida acima de 100% do PIB.
Sempre fui um forte crítico dessa tese veremos até qdo vai.
Amigo Sidnei, creio que é muito mais fácil o dólar beirar os 6 do que cair a 5. Motivos: 1- As travas do congresso nas reformas administrativa, tributária e privatizações geram insegurança jurídica para os investimentos e empreendimentos nacionais e estrangeiros. 2- Economia sem tração devido ao baixo consumo, alto desemprego com agravante do Auxílio Social diminuído e limitado agora. 3- Peste chinesa ainda ativa aqui e no mundo, gerando restrições e instabilidades diversas. 4- Eleições americanas e conflitos Trump-China mais exacerbados e indefinidos. 5- A consequência é investidores devido ao temor; indo para ativos mais defensivos como: dólar, euro, ouro.
Gostaria de entender o por quê do ódio à renda fixa desses jovens investidores ... chega a ser cômico.
Atrair capital estrangeiro para renda fixa? Capital volátil? Se fosse para investimento em infraestrutura até concordaria com o senhor
Ninguém é obrigado a concordar 100% com tudo e com todos. Agora quando haters resolvem discordar de qualquer matéria ou opinião de uma pessoa com ofensas é LAMENTÁVEL e  só mostra quão  raso e binário é o raciocínio dessas pessoas.  Discordar de uma opinião se faz com outras ideias não com ofensas.
Qualquer espaço pra comentário virou penico, não há argumentos apenas ofensas por parte de covardes que se escondem atrás de uma tela.
 Pois é Ricardo, terrível isso.
Mestre Sidnei então seria melhor para o Brasil câmbio baixo e juros altos.Penso que essa tragédia criou um hiato e que deveríamos aguardar um pouco para avaliar vejo a situação do Brasil melhor que 99% dos países vai chegar a hora mercado reconhecerá.
Câmbio alto mas não tão alto para ser adequado ao Brasil de momento, por isso 5. Juros não se sustentarão em consequencia da pressão do mercado para financiar a DP e isto será normal e o próprio Guedes sabe disto.
O fato de baixar juros não mitiga riscos em época de pandemia.
As viuvas rentistas nunca esquecem, aceitem, doi menos
Não existem viuvas rentistas. A divida fiscal do governo o pressionará e terá dificuldades em financiar a DP e isto será a causa natural.
Ha um nítido mascaramento de dados inflacionarios por este governo, a verdade é uma só, os empresarios como eu tem acompanhado a evolucao dos precos que esta absurda carne suina subiu muito, mais de 100% no suino vivo, a arroba do boi esta mais de 230 Reais, o oleo de soja quase duplicou o preço, fora os itens de limpeza, gasolina, diesel.... e o governo fala em menos de 2% de inflacao!!!! nao da ne, estamos a beira de uma explosao violenta da inflacao, com este tiro no pe do Sr Campos Neto...
Retificando Ipca de julho de 1994 ate julho 2020 - 523%
Pastel em Sao paulo custava R$ 1,00 sgora R$ 7,00
Inflacao pelo ipca 450% no plano real e pelo igpm 803% !!!
A aposta do governo no investimento externo e na iniciativa privada tem se mostrado falha. Muito em virtude da falta de credibilidade do Governo Bolsonaro que ataca o meio ambiente e é contra os diretos humanos, nesse sentido a visão externa é péssima. Na visão interna não conseguiu emplacar os mesmos juros baixos na economia real então os empresários não tem cacife pra bancar sozinho o crescimento. O mercado continua refém da visão fiscalista e esse governo não tem capacidade para olhar objetivamente para os números, pois o presidente é apenas um velho político da corrupção e do toma lá dá cá. É preciso encarar esse fatos.
Como é possível fazer um analise desse tamanho, nesse curto período de tempo, e ainda com a crise do corona no meio. Típico analise imediatista, uma maquina dessas como e o Brasil não muda da noite pra o dia filho.
O autor desse texyo deveria ser chamado de pedro alvares cabral, o descobridor dos problemas financeiros. Só esqudceu de falar que o mundo inteiro está sem investimentos devido ao virus chines e que temos um congresso e STF corrupto. Mas um Nazi-Marxista revoltadinho sem causa.
Não existe tese de câmbio alto, juro baixo... uma 'crítica retórica'. O câmbio subiu porque o juros estão baixos mas é um efeito de curto prazo e não uma política monetária... sempre que os juros subirem vai gerar valorização da moeda e vice-versa, são efeitos de curto-prazo independentes da política monetária.
👏👏👏👏 certossimo !!!
A tese é defendida pelo Guedes, como assim não existe.
Cambio está alto será mesmo ?Pra min o brasil está problemático ,tem muita maquiagem economica escondendo a realidade ,projeção de pib ,inflação se fossem mostrar a verdade seria bem piór do que informam.
O Brasil já foi o maior exportador de juros do mundo. Parece que os rentistas saudosistas preferem a volta dos juros altos um dos motivos de colapso de nossa economia. Rentismo não gera desenvolvimento, apenas vive de argiotagem financiando Governo que possui as contas públicas no limite até colapsar e toda economia quebrar tipo efeito dominó.
Igpm de 13pc este ano e ipca de 2pc que paísé este? cesta básica com até 40pc em alguns itens.Dentista opera com Igpm e pobre reajusta salário com ipca.
A queda da Selic se fez necessário mas, não na velocidade e intensidade absurda , minguou o rendimento da classe média brasileira e afastou o investidor estrangeiro fortemente, faltou equilibrio nessa equação, infelizmente o governo está mais preocupado em se auto preservar seja pagando menos juros pra rolar a dívida seja pra manter popularidade alta com programas sociais
insucesso total.
Velho rentista foi a melhor definição
rentista está tranquilo Igpm vai a 13pc este ano pobre reajusta salários pelo ipca de 2pv
Investidores internacionais nao tem politico de estimacao, eles estimam suas financias... como o Brasil vai atrair investimentos, quando tem um governo sem um plano fundamentado de crescimento, um governo que fala algo e volta atras logo em seguida, so se envolve em brigas familiares, birrento como uma crianca mal criada, isso so remete inseguranca! Com isso o Brasil tende a viver um retrocesso! O pais esta empobrecendo...
Se fosse um game "Câmbio Alto Juro Baixo", a pandemia seria o chefão da fase.
É falso que o tesouro tem dificuldade de rolar a dívida, isso de reclamar de juros baixos é coisa de velho rentista.
Comentário típico de AAI e Corretora querendo dinheiro (oriundo da RF) de corretagem.
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