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A Tesla Inc. (NASDAQ:TSLA) parece estar presa em um ciclo de notícias negativas que nunca acaba. As últimas manchetes estão sendo devastadoras para suas ações. Os papéis da fabricante de carros elétricos despencaram 11% no pregão de quinta-feira, depois que a companhia anunciou uma queda recorde no número de entregas no primeiro trimestre, deixando até mesmo seus investidores mais fervorosos preocupados com sua perspectiva de crescimento futuro.
Na semana passada, a Tesla anunciou que entregou 63.000 veículos no trimestre encerrado em março, uma queda a partir de 90.966 no quarto trimestre de 2018. A demanda foi afetada pela redução dos incentivos tributários em seu mercado doméstico (EUA), enquanto a empresa lutava para fazer seu carros chegarem aos consumidores da Europa e da China. As entregas do Model 3 totalizaram 50.900 veículos, ficando abaixo da média das estimativas dos analistas, que era de 51.750. Essa má notícia também ocorre em um momento em que o CEO da companhia, Elon Musk, tornou o Model 3 a peça-chave da sua estratégia de crescimento mundial.
As entregas dos modelos mais antigos e caros da Tesla, o S e o X, apresentaram um cenário ainda mais alarmante para 2019. As vendas de ambos caíram mais do que a metade em comparação com o trimestre anterior. Negociadas a US$ 274,96 no fechamento de sexta-feira, as ações da Tesla se desvalorizaram cerca de 5% na última semana e 18% desde o início de 2019, o que demonstra o nervosismo dos investidores que acreditam cada vez mais que a Tesla está tomando decisões de supetão e reagindo às mudanças sem uma profunda reflexão.
Se você não tem acompanhado a história da Tesla de perto como a gente, pode estar se perguntando que diferença faz essa redução de um trimestre na vida de uma fabricante de automóveis com um produto promissor que ainda está no estágio inicial do seu ciclo de crescimento. Por que essa reação drásticas do mercado? A resposta é que isso confirma os piores receios dos investidores quanto à credibilidade das últimas projeções de crescimento da Tesla. Se essas previsões de crescimento foram feitas com base em um cenário otimista demais, os investidores têm poucas razões para acreditar nas ações da Tesla, que já sofreram muitos reveses no último ano.
O maior deles foi a tentativa frustrada de Musk de fechar o capital da Tesla, o que desencadeou um processo regulatório que resultou em uma multa de US$ 40 milhões e na proibição de que Musk ocupe a presidência da empresa. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) processou Musk depois do seu tuíte de 19 de fevereiro sobre os números de produção de carros da Telas, os quais, segundo o órgão regulador, eram enganosos e violavam os termos de ajuste inicial. Em uma decisão na sexta-feira, uma juíza de Manhattan deu a ambas as partes até 18 de abril para chegarem a uma solução. Se não o fizerem, a juíza afirmou que decidiria se Musk desrespeitou a lei ou não.
Mas os investidores da Tesla ainda podem encontrar algum consolo nessa situação deplorável. Em seu relatório de produção do primeiro trimestre, a companhia confirmou suas projeções iniciais de entregas de 360.000 a 400.000 veículos em 2019, graças à forte demanda na Europa e China. Na América do Norte, o Model 3 mais uma vez foi o mais vendido no seguimento de sedãs premium médios, com 60% a mais de unidades vendidas do que o segundo colocado, de acordo com o relatório da Tesla.
Nós, no entanto, achamos bastante difícil ser otimistas com as ações da Tesla, assim como muitos analistas de Wall Street. De acordo com Joseph Spak, da RBC Capital Markets, a desaceleração das entregas do Model S e X impactarão negativamente os resultados da Tesla no primeiro trimestre, eliminando mais de US$ 1 bilhão das estimativas de receita da Tesla.
Para nós, a maior preocupação é com a gestão que a Tesla está fazendo dos seus fluxos de caixa, em um momento em que a demanda por seus carros está caindo e a empresa precisa de recursos para arcar com dívidas que estão vencendo. A Tesla tinha cerca de US$ 3,7 bilhões de caixa e equivalentes no final do primeiro trimestre, mas tinha que quitar um título conversível de US$ 920 milhões em fevereiro. A fabricante de veículos tem uma apólice de dívida de US$ 566 milhões que vence em novembro, de acordo com dados da Bloomberg.
Resumo
As últimas projeções de demanda da Tesla por seus carros elétricos confirmam nossas dúvidas quanto à capacidade de a empresa permanecer lucrativa em 2019. Com as reduzidas reservas de caixa da companhia, sua problemática estratégia de marketing e seu CEO em batalha constante com o órgão regulador dos EUA, não acreditamos que as ações da Tesla se estabilizarão no curto prazo. Os investidores devem evitar se posicionar em uma ação quando tantas incertezas geram dúvidas quanto às perspectivas de crescimento futuro da companhia.
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