RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 12/07/2017
ÁSIA: A cautela imperou nesta quarta-feira na Ásia, com investidores aguardando o testemunho da presidente do Federal Reserve Janet Yellen, perante o congresso nos EUA.
O Nikkei do Japão caiu 0,48%, para fechar em 20.098,38 pontos, com o dólar se enfraquecendo frente ao iene, depois de atingir uma alta de quatro meses na sessão anterior, com o greenback fechando a 113,49 ienes. O índice japonês de preços de bens corporativos de junho aumentou 2,1% ao ano, alinhando-se com as expectativas dos analistas. O índice rastreia os preços corporativos cobrados por bens e serviços.
O Kospi, índice de referência da Coreia do Sul recuou 0,18% e terminou em 2.391,77 pontos, enquanto na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,96%, em 5.673,8 pontos, pesada pela fraqueza nos subíndices financeiros e de cuidados de saúde.
Acompanhando a continuidade do rali do minério de ferro, BHP Billiton subiu 0,4%, Fortescue avançou 0,2% e Rio Tinto (LON:RIO) adicionou 0,2%. Os preços do minério de ferro avançaram pelo terceiro dia, atingindo a máxima de dois meses, com alta de 2,1%, enquanto os preços do aço também subiram pelo quarto dia. As ações da Resolute Mining subiram 2,7% depois de divulgar que produziu 329,834 onças de ouro no ano financeiro de 2017, excedendo sua meta original de produção de 300 mil onças. Os investidores ficaram impressionados porque a empresa conseguiu alcançar os resultados com um custo de US$ 1.130 por onça, em comparação com sua meta original de US$ 1.280 por onça. O preço médio do ouro recebido foi de US$ 1.717 por onça. O papel é um dos mais populares entre os analistas australianos: 11 dos 11 analistas entrevistados pela Bloomberg classificam suas ações como "compra".
Os mercados da China fecharam misturados, com o índice Hang Seng de Hong Kong subindo 0,64%, mas os mercados do continente fecharam em baixa. O Shanghai Composite caiu 0,16%3 e o Shenzhen Composite caiu 0,11%.
O índice do dólar, que rastreia a moeda americana em relação a uma cesta de moedas, avançou para 95,720 depois de cair inicialmente com as notícias de que Trump Jr. havia divulgado trechos de uma suposta troca de e-mails com pessoas ligadas ao governo russo em sua conta do Twitter, com intuito de ser "totalmente transparente" a respeito dos eventos que aconteceram durante uma reunião com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado.
Houve também pressão sobre o euro, com o par euro / dólar atingindo seu nível mais alto desde maio de 2016. A moeda comum era negociada em US$ 1.1456, ante uma máxima de US$ 1,1489 observado no início da sessão. O dólar australiano avançou após uma leitura positiva no índice de confiança do consumidor da Westpac em julho.
O Federal Reserve também ficou no centro das atenções depois que o governador do Fed, Lael Brainard, disse na terça-feira que o banco central provavelmente mudaria "em breve" para desenrolar seu enorme portfólio, no entanto, seus comentários sobre os futuros aumentos das taxas de juros foram interpretados como "dovish" pelos mercados. Além disso, os investidores aguardavam o testemunho da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, perante congresso em 12 de julho. Entre os tópicos do testemunho incluem o calendário do balanço do Fed, a próxima alta das taxas de juros, se o banco central permitirá que o mercado de trabalho funcione e assuntos relacionados ao sucessor da chairwoman.
Enquanto isso, um discurso do vice-governador do Banco da Inglaterra, Ben Broadbent, que contornou a questão das futuras altas das taxas resultou na queda da libra britânica contra o euro, sendo negociado em US$ 1,1190, ante US$ 1,13 do início da semana.
O petróleo avançou na Ásia na sequência da alta no horário ocidental depois que o American Petroleum Institute disse que os estoques de petróleo dos EUA caíram 8,1 milhões de barris na semana passada. Isso é quase o triplo do que os analistas esperam do anúncio oficial desta quarta-feira. Se o declínio for replicado pelos dados do governo, será a maior queda desde setembro. Ações de petróleo australianas e japonesas avançaram.
EUROPA: As bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira, enquanto os investidores digerem ganhos de empresas e aguardam os comentários da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, perante congresso dos EUA. O índice Stoxx Europe 600 avança 0,81%, recuperando de uma perda de 0,7% na terça-feira.
As ações da Burberry Group (LON:BRBY) sobem 3,2% depois que o varejista de luxo registrou vendas e receitas mais altas no primeiro trimestre. Outras empresas de bens de luxo também sobem. LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton adiciona 0,44% e Kering (PA:PRTP), proprietária da marca Gucci sobe 1,45%. O banco norueguês DNB sobe 4,08% depois que registrou ganhos acima das previsões no segundo trimestre.
As empresas petrolíferas também sobem depois que o American Petroleum Institute reportou na terça-feira uma queda de 8,1 milhões de barris nos suprimentos de petróleo dos EUA muito maior do que o esperado. Apesar da OPEP anunciar na terça-feira que a produção de petróleo em junho aumentou em mais de 300 mil barris por dia, liderada por dois países isentos do acordo de redução de oferta, as ações da BP sobem 2,27% em Londres.
No Reino Unido, o FTSE 100 é impulsionado com a libra caindo para uma mínima de duas semanas em relação ao dólar. Todos os setores avançam, liderados por ações de petróleo e gás e bens de consumo. O índice estava em curso para a sua melhor sessão desde 3 de julho. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 1,7%, Antofagasta (LON:ANTO) dispara 3,6%, BHP Billiton sobe 2% e Rio Tinto adiciona 0,6%.
O euro cai para US$ 1,1452, ante US$ 1,1468 da terça-feira. A moeda compartilhada fortaleceu em relação ao dólar na terça-feira depois que Donald Trump Jr. divulgou uma série de e-mails sobre uma reunião de junho de 2016 para discutir possíveis informações incriminadoras contra Hillary Clinton.
Os principais líderes europeus, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, participarão de uma reunião na Itália, na qual a cooperação econômica e os esforços para combater a corrupção estão na agenda.
Em uma conferência do Fundo Monetário Internacional em Dubrovnik, Croácia, a Diretora Gerente, Christine Lagarde, falou sobre a força da União Europeia na sequência do Brexit há pouco mais de um ano. "É bastante fascinante ver... membros da UE revivendo, rejuvenescido e reanimado".
EUA: Os futuros de ações dos EUA seguem em uma pequena alta, com os investidores cautelosos antes do que será testemunhado por Janet Yellen perante o Capitólio.
No início da terça-feira, as bolsas registraram perdas depois que Donald Trump Jr. lançou uma série de troca de e-mails sobre uma reunião de junho de 2016 para discutir possíveis informações incriminatórias contra Hillary Clinton como parte de uma suposta influência russa para apoiar a corrida presidencial de seu pai. As tensões políticas impulsionaram o dólar para baixo na terça-feira e continua a cair contra a maioria das principais moedas na quarta-feira.
As bolsas em Wall Street fecharam misturadas depois de mergulhar após divulgação dos e-mails de Trump Jr. Segundo analistas, a reação aos e-mails pareceu ter tido um efeito mais duradouro sobre os rendimentos do Tesouro dos EUA e dólar do que nos mercados de ações.
O dólar também sofrerá influência quando a presidente do Fed, Yellen, começar seu testemunho semestral de dois dias perante o Congresso, onde deve apresentar seu Relatório de Política Monetária sobre o estado da maior economia do mundo. Investidores acompanharão, se a chairwoman reforçará o recente discurso "hawkish" de diversos bancos centrais.
Entre os dados econômicos, espera-se os números dos estoques de petróleo dos EUA as 11h30 e o Livro Bege às 15h00, seguido do pronunciamento da presidente do Fed de Kansas, Esther George, que falará em Denver às 15h15 sobre as perspectivas econômicas e o balanço do Fed.
Os investidores também se antecipam ante a decisão da taxa de juros pelo Banco do Canadá que será divulgado durante o horário dos EUA. O Banco do Canadá deverá aumentar as taxas de juros pela primeira vez em quase sete anos e isso faria do Canadá o primeiro grande banco central a seguir os EUA.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h00 - Testemunho da Presidente do FED Janet Yellen no Congresso dos EUA;
11h30 - Crude Oil Inventories (estoques de Petróleo norte-americano);
14h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);
15h00 - Beige Book (Livro Bege do Federal Reserve - relatório sobre o desempenho atual da economia do país);
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,18%
SP500: +0,19%
NASDAQ: +0,32%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.