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Trigo: Lento Ritmo de Negócios Pressionou os Valores do Cereal em Julho

Publicado 17.08.2018, 10:29
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O lento ritmo de negócios no mercado de trigo, ainda devido às incertezas quanto aos valores de frete no Brasil, pressionou os valores do cereal em julho, que encerraram o mês em baixa. No entanto, como a comercialização esteve aquecida durante praticamente todo o primeiro semestre deste ano, muitos compradores não demonstram necessidades de novas aquisições. No geral, a liquidez está baixa desde o final de maio, quando as dificuldades logísticas se iniciaram, após a greve dos caminhoneiros.

No entanto, o clima seco no Brasil e as possíveis reduções de produção e produtividade no Sul podem alterar este cenário de baixa liquidez, já que a necessidade de importação de trigo deve crescer. No Paraná, estimativas já apontam recuos significativos. Dados do Deral/Seab divulgados no dia 24 de julho indicam que a produção no estado pode ficar 10 pontos porcentuais abaixo do previsto em junho, passando para 3,12 milhões de toneladas. A produtividade também deve diminuir – o Departamento reportou que os rendimentos devem ser de 2,9 toneladas por hectare, 11 p.p. abaixo dos dados do mês anterior.

No acumulado de julho (de 29 de junho a 31 de julho), as cotações no mercado de balcão (valor pago ao produtor) caíram 1,7% no Paraná, 1,6% no Rio Grande do Sul e 0,3% em Santa Catarina. No mercado de lotes, as quedas foram mais significativas: 5,6% no Rio Grande do Sul, 5,3% no Paraná e 2,5% em São Paulo. Com relação aos trabalhos no campo, o clima adverso em algumas áreas preocupa o setor tritícola. Especificamente no Paraná, o Deral/Seab apontou que, até 30 de julho, 56% das lavouras apresentavam boas condições, 26%, médias e 18%, ruins. Destas que ainda estão no campo, 14% estão em fase de frutificação, 36%, de floração e 50%, de desenvolvimento vegetativo.

No Rio Grande do Sul, a Emater/RS aponta que o tempo chuvoso e a elevada umidade do ar associados às baixas temperaturas vêm diminuindo a atividade fitossanitária, favorecendo a incidência de pragas nas lavouras. Em algumas regiões, a Emater reporta que esse cenário não permitiu que alguns produtores finalizassem o semeio dentro da janela ideal.

Na Argentina, o semeio havia alcançado 97,3% da área destinada ao cereal até a última semana de julho, somando 5,93 milhões de hectares. A Bolsa de Cereales aponta maior avanço do semeio na região Centro-Oeste do país, devido às boas condições de umidade durante grande parte dos trabalhos de campo.

DERIVADOS – Em julho, as cotações dos derivados de trigo oscilaram. Agentes consultados pelo Cepea já reportam redução das vendas das farinhas, o que obriga vendedores a baixar os preços para fechar novos negócios. Por outro lado, vendedores afirmam ainda estar cumprindo contratos acordados anteriormente, mas que há novos negócios para alguns segmentos.

De junho para julho, as médias dos preços das farinhas integral, para bolacha salgada, panificação e pré-mistura subiram 1,92%, 1,64%, 0,76% e 0,62%, respectivamente. Já para massas em geral, massas frescas e bolacha doce, as cotações recuaram 0,56%, 0,1% e 0,05%, respectivamente, na mesma comparação.

Quanto aos valores do farelo, a menor demanda pelo produto, devido à preferência por milho e outros substitutos, pressionou as cotações em algumas regiões no acumulado de julho. Assim, o preço do farelo ensacado recuou 2,75%, enquanto o do produto a granel subiu 0,69% no período.

INTERNACIONAL – Na Argentina, os valores encerraram o mês em queda, devido às boas condições de cultivo naquele país. Dados do Ministério da Agroindústria apontam que, no acumulado de 29 de junho a 31 de julho, os preços FOB no porto de Buenos Aires caíram 5,1%, a US$ 240,00/t no dia 31.

Nos Estados Unidos, as cotações vêm subindo nas principais Bolsas, refletindo expectativas de menor oferta mundial, visto que o clima tem desfavorecido o cultivo do cereal nos principais players globais.

Assim, no acumulado de julho, o contrato set/18 do trigo Soft Red Winter na CME Group registrou expressiva valorização de 10,5%, a US$ 5,53/bushel (US$ 203,46/t) no dia 31. Para o trigo Hard Winter, o contrato de mesmo vencimento na Bolsa de Kansas avançou fortes 13,9%, a US$ 5,5650/bushel (US$ 204,48/t).

SECEX – Em julho, segundo dados da Secex, as importações brasileiras de trigo em grão somaram 757,55 mil toneladas, volume 29,5% superior ao registrado em junho. Do volume total importado, 71,3% vieram da Argentina, 13,27%, dos Estados Unidos, 6,73%, do Canadá, 4,73, do Paraguai e 3,98%, do Uruguai. Para o segmento de farinhas, as importações aumentaram 21,9% de junho para julho, mas as exportações caíram expressivos 79,9% no mesmo comparativo.

Série estatística

Evolução de preços

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