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Vale a pena comprar MRV (MRVE3) agora?

Publicado 23.11.2022, 19:46
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Por que os resultados pioraram?

 

Ciclos de crescimento. Fonte: MRV.

A MRV (MRVE3 (BVMF:MRVE3)) é a maior empresa de construção das Américas, possui 42 anos de história e está presente em mais de 160 cidades brasileiras. Desde o seu IPO, em 2007, foi capaz de entregar um expressivo crescimento, que foi acompanhado por ganhos de eficiência e rentabilidade.

Nos últimos anos, a companhia deu início à criação da sua plataforma habitacional, em que passou a investir em outros segmentos de atuação além do Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida).

Com atuação no CVA, a companhia alcançou e se estabilizou no patamar de 40 mil unidades lançadas por ano, que com uma sólida margem bruta histórica de 32%, gera caixa suficiente para financiar a expansão.

 

Plataforma Habitacional.
Plataforma Habitacional. Fonte: MRV.

O plano da companhia é de mais do que dobrar seus lançamentos anuais com mais 15 mil unidades/ano no segmento de média renda (logo acima do CVA), 15 mil na Urba (loteamentos), 12 mil na Resia e 5 mil na Luggo, empresas que constroem imóveis para locação e posteriormente vendem os empreendimentos para investidores nos EUA e no Brasil, respectivamente.

Contudo, em 2020, veio a pandemia.

Todos os índices de inflação foram afetados, mas o INCC, que mede aumento dos custos da construção, subiu de maneira ainda mais acentuada.

 

Gráfico apresenta INCC e IPCA.
INCC e IPCA. Fonte: Bloomberg.

Para MRV, a intensa e repentina alta do INCC é um grande problema. Como a companhia repassa os financiamentos dos imóveis para Caixa logo após vender, esses valores não são reajustados de nenhuma forma e, com o preço dos insumos muito acima do orçado, as margens são diretamente pressionadas para baixo.

As safras de imóveis de 2020, que absorveram toda essa inflação e estão entregando uma margem bruta de apenas 18% (-14 p.p. em relação à média histórica), estão passando pelos resultados da companhia neste ano, uma vez que no setor imobiliário os resultados são reconhecidos à medida que as obras evoluem.

Para completar o pacote, os elevados investimentos nos outros segmentos de atuação são uma excelente sinalização (de crescimento futuro), entretanto, no contexto atual, ajudaram a pressionar o caixa e consequentemente o endividamento da companhia.

No 3T22, a receita da MRV caiu -6%, o Ebitda -91%, o Lucro -99% e a queima de caixa superou R$ -1,2 bilhão.

 

Por que os resultados vão melhorar?

Os resultados contábeis das incorporadoras são muito mais uma foto do passado do que do presente, já que os empreendimentos demoram de 1 a 2 anos para transitar completamente pela DRE. Dessa forma, para entender o que a MRV vai entregar no futuro, precisamos olhar para o que a companhia está vendendo agora. E a situação atual já é muito melhor.

Foram aprovadas 4 importantes alterações nas regras do CVA, sendo que 3 já foram implementadas (ajuste no teto das faixas de renda dos grupos 2 e 3, um incremento do subsídio concedido às famílias elegíveis e a expansão do prazo máximo de financiamento de 30 para 35 anos). Além disso, a última mudança será implementada ainda neste ano (utilização dos 8% de FGTS depositados mensalmente para complementar o pagamento das parcelas mensais).

Com ajuda das mudanças que já foram implementadas no CVA, a MRV já conseguiu subir +19% seu preço médio neste ano e a margem bruta das novas vendas já está em 28% (+9 p.p. no ano). Após a implementação da última alteração no CVA ("FGTS consignado"), a MRV espera chegar em ~30% no 4T22 e voltar para a sua margem histórica de 32% no ano que vem.

Na última divulgação de resultados, os executivos apontaram que o foco agora será a geração de caixa e a desalavancagem da companhia. Para tal, a MRV vai retomar o tamanho da operação de incorporação brasileira ao antigo patamar de 40 mil unidades ano (20,9 mil no 9M22), recompondo sua margem bruta e voltando a gerar caixa.

Apesar do delay natural do DRE, a companhia acredita que retornará para ~25% de margem bruta em meados do ano que vem, patamar que torna a operação geradora de caixa novamente (novas vendas acima desse patamar nos últimos 4 meses).

No curto prazo, a companhia vai abrir mão do crescimento e focar em sua saúde financeira, para então voltar a ter fôlego para acelerar o crescimento. Até que isso aconteça, a MRV não realizará novos aportes na Resia nem aportes relevantes na Urba.

O crescimento das subsidiárias será suportado por suas próprias operações, a Urba tem um modelo de negócio que já não demanda muito capital e a Resia, que teve seu crescimento acelerado devido às condições favoráveis nos EUA, chegou a um patamar relevante e consegue se sustentar; na Luggo, há uma dependência maior do balanço da MRV, mas ela já possui todo o seu portfólio vendido até 2024 e pelo menos isso vai crescer.

 

Vale a pena comprar MRVE3?

 

Gráfico apresenta MVRE3 e IBOV.
MVRE3 e IBOV. Fonte: Bloomberg

A ação da companhia está caindo -58% nos últimos anos, MRVE3 até chegou a subir 79% nos primeiros meses do segundo semestre, no entanto, com as prévias do 3T22 mostrando o que viria no resultado, voltou a cair.

Negociando atualmente a baixos 9,5x lucros e apenas 0,67x o valor do seu patrimônio líquido, MRVE3 é um investimento com assimetria bastante favorável.

O pior já passou; apenas com a estabilização do INCC e as elevações de preço que a companhia está implementando por conta das mudanças aprovadas no CVA, a perspectiva já é positiva.

Adicionalmente, na virada do ano, teremos um novo governo, que provavelmente vai transformar o CVA em MCMV novamente e já deu algumas sinalizações de que pode incrementar o programa, principalmente nas faixas mais baixas.

Como todo investimento possui seus riscos, vale destacar que as sinalizações também indicam para um gasto público em excesso, o que pode fazer com que a inflação e o dólar voltem a subir com mais intensidade. O juro também pode voltar a subir, mas como o juro do programa é subsidiado, o impacto não é direto.

Um abraço

 
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Últimos comentários

Fujam do IBOV - olá fundos DI -investir em ditaduras é um desafio, mudanças drásticas na política de combustíveis, sobretaxas e irresponsabilidae fiscal sem freio, sem contrapesos uma vez que o podere centralizado no judiciário permite, o controle total sobre as eleições. foram sem dúvida um cheque mate em nossa democracia, parabéns aos porgressistas, voces venceram. Bozo será mesmo preso assim que sair da presidência, assim como boa parte da oposição. As duas casas legislativas hoje são um fantoche do judiciáio. Embora despreze a esquerda não dá pra dizer que não tomaram o poder e os meios de lá se manterem. Na primeira noite se aproximam e roubam uma flor de nosso jardim e não dissemos nada, na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores e não dissemos nada, Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.
Me posicionei bem nela , pois a politica ano que vem , tende a fomentar bem este mercado .
Ótima empresa, pagando dividendos durante todo seu período de queda. Se a população que mais precisa realmente for colocada no orçamento do próximo governo, as empresas que investem em habitação de baixa e média renda terão fluxo. Portanto MRVE3 é compra, com valorização esperada para médio-longo prazo (2-4 anos).
estes comentários são o paraíso do golpe. fujam dessa gente.
Vamos ver se desta vez vc acerta . Na última previsão positiva para a contrução civil o mercado despencou com força.
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