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Vale e Reforma da Previdência Voltam a Preocupar Investidores

Publicado 07.02.2019, 09:57
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Bom dia Investidores,

Ontem o Ibovespa despencou 3,74% e fechou em 94.636 pontos, com um giro financeiro de R$ 17,2 bilhões. Foi a maior queda desde 28 de maio de 2018, quando sofríamos com a greve dos caminhoneiros. Os motivos para a queda foram três: reforma da previdência, realização de lucro e, principalmente, a Vale.

Primeiro falando da reforma da previdência, o governo desmentiu que a minuta da PEC vazada na semana fosse a oficial, e disse quer seria apenas uma das versões, já que Bolsonaro já tinha sinalizado não concordar com as idades mínimas para a aposentadoria. Por isso os investidores estão com receio de um atraso para uma versão oficial da reforma da previdência, sendo um dos motivos da queda do Ibovespa, mas não o principal.

O principal motivo da queda foram as ações da Vale (SA:VALE3) que ontem teve o governo mineiro suspendendo a licença para operar a barragem das Laranjeiras, onde está a mina de Brucutu, que produz 30 milhões de toneladas por ano. Com essa notícia, a Bovespa interrompeu as negociações da Vale, que já estavam caindo 4,88%. Há uma preocupação grande com a Vale, essa segunda tragédia foi muito maior que a tragédia de Mariana, ainda mais foi reincidente. As notícias estão cada vez piores, são laudos técnicos descobertos a cada dia, outras barragens com os mesmos problemas, lobby, enfim, a Vale passa por um momento difícil e por ser uma ação muito representativa na bolsa, puxa todo o índice.

Os bancos por exemplo, tem bastante exposição em recursos emprestados à Vale, por isso ontem as ações do Bradesco (SA:BBDC4) caíram 4,7%, do Itaú (SA:ITUB4) caíram 4,2%, do Santander (SA:SANB11) caíram 4,1% e do Banco do Brasil (SA:BBAS3 caíram 6,0%.

A única ação do índice que fechou positiva ontem, foram as ações da Suzano (SA:SUZB3), que subiu 1,18%, pois tem grande parte da receita dolarizada, e se favorece bastante quando o dólar sobe.

O restante caiu, assim como as ações da Petrobras (SA:PETR4) que caíram 2,15%, mesmo com o preço do barril de petróleo subindo, mas nesse caso, foi mais uma realização de lucro. Esse fato não pode ser ignorado, com a bolsa batendo recorde atrás de recorde, uma hora seria a realização de lucros, e parece que ontem foi o dia para isso.

Já o dólar subiu 1,11% e voltou para os R$ 3,70, acompanhando o cenário negativo para Brasil ontem. O euro também subiu, a alta foi de 0,57%, fechando em R$ 4,21.

Além disso, os DIs tiveram alta ontem em praticamente todas as pontas, com o DI jan 2021 voltando para cima de 7%, fechando em 7,02% e o DI jan 2025 subindo de 8,61% para 8,72%.

Vale ressaltar que ontem Ilan Goldfajn surpreendeu o mercado com o comunicado, apesar de manter a taxa, já esperada, em 6,5%, no comunicado Ilan alertou para a necessidade de reformas, sugerindo cautela para voltar a pensar em corte de juros, jogando um balde de água fria para quem já começava a ancorar queda da taxa Selic. Fato é, que foi a última reunião de Ilan, que agora passa o bastão para o Roberto Castelo Branco, que pode mudar totalmente o discurso na próxima reunião marcada para 19 e 20 de março.

Na agenda hoje, vamos ter apenas o IGP-DI, agora às 8 horas, que depois de dois meses de deflação pode voltar ficar positivo. Além disso, teremos o balanço de Klabin (SA:KLBN11) e Lojas Renner (SA:LREN3).

Indo para os Estados Unidos, o dia foi de leve queda, com o Dow Jones caindo 0,08%, o S&P 500 caindo 0,22% e o Nasdaq caindo 0,36%. O mercado agora entra em compasso de espera, aguardando a continuação das conversas entre EUA e China. Enquanto isso Trump vai tentando como pode, conseguir com o Congresso, o recurso para construir o muro na fronteira com o México.

Na agenda norte-americana, teremos dados de auxílio-desemprego às 11h30 e crédito ao consumidor em dezembro às 18 horas. Além disso vamos ter os resultados de Twitter, Kellog e Lenovo.

Indo para a Europa, hoje as ações abriram em baixa, com o CAC-40 de Paris, caindo 0,30%, o DAX de Frankfurt caindo 0,48% e o Ibex 35 de Madri, caindo 0,50%. Hoje será um dia importante na agenda, com os dados de produção industrial na Alemanha e reunião do BoE, Banco Central da Inglaterra, sem contar mais uma sabatina com Theresa May.

Na Ásia, as bolsas fecharam em direções mistas, com o Índice Shangai subindo 1,30% e o Nikkei 225, de Tóquio, caindo 0,59%.

Enquanto isso, o preço do barril de petróleo retomou sua trajetória de alta, com o WTI subindo 0,65% e o Brent avançando 1,15%.

Para finalizar, as criptomoedas estão subindo nas últimas 24 horas mas estão negativas na semana. O Bitcoin está subindo 0,14% no dia e recuando 1,65% na semana, a Ripple subindo 0,74% no dia, mas perdendo 7,41% na semana e a Ethereum subindo 2,29% no dia, mas caindo 2,51% na semana. A exceção é a moeda digital Litecoin, que está subindo 2,56% no dia e 5,21% na semana, além disso acabou de se tornar a 7ª maior moeda digital em valor de mercado e logo deve ser a 6ª.

Por Fabio Louzada – Eu me banco!

Acorda Mercado – Ano II, Edição 104

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