Ibovespa avança acompanhando exterior; Fleury cai mais de 4%
Após semanas de consolidação, o gráfico semanal de VALE3 sugere novo impulso comprador. O cenário externo — com expectativa de estímulo chinês e impacto limitado do tarifaço americano sobre mineradoras — reforça a probabilidade de valorização até o fim do mês.
Um gráfico que inspira confiança
A ação da Vale (VALE3) começa outubro sustentando um padrão técnico construtivo no gráfico semanal. Após uma sequência de pregões de consolidação, o papel consolidou suporte na faixa entre R$52 e R$56, região de forte concentração de volume. Nas últimas semanas, a recuperação levou o preço novamente à zona de R$58 – R$60, um movimento acompanhado por leve aumento de volume comprador. A leitura técnica agregada — que combina médias móveis, indicadores de força relativa (RSI) e momentuns semanais — classifica o ativo como “compra” no horizonte de curto a médio prazo. O price action sugere uma tendência de reversão positiva, com espaço para buscar R$62 – R$66, resistência compatível com topos anteriores e alvo razoável dentro do mês corrente.
China pode acender o pavio da demanda
Do lado macroeconômico, o encerramento da Golden Week na China reabre a expectativa de novos estímulos econômicos. Autoridades de Pequim podem surpreender e voltar a sinalizar disposição em fortalecer a liquidez e sustentar o setor imobiliário, ainda fragilizado. Medidas de apoio, mesmo que pontuais, tendem a elevar o consumo de minério de ferro e, por consequência, os preços das commodities metálicas — o principal vetor da receita da Vale. Em ciclos anteriores, anúncios de relaxamento monetário chinês ou de estímulos fiscais geraram movimentos rápidos de reprecificação no setor de mineração. Se um pacote de medidas for confirmado nas próximas semanas, VALE3 tende a reagir antes mesmo da alta efetiva no minério, antecipando o fluxo positivo esperado pelos investidores.
O tarifaço de Trump (ameaça menor para mineradoras)
Outro fator recente é o anúncio de novas tarifas comerciais nos Estados Unidos, em uma estratégia política de pressão sobre cadeias industriais estrangeiras. O impacto imediato, porém, recai mais fortemente sobre siderúrgicas e fabricantes de produtos acabados, cuja margem depende diretamente da importação de insumos. Mineradoras como a Vale, por outro lado, sofrem menos impacto direto dessas medidas. Mesmo que o protecionismo reduza o ritmo industrial global, a elasticidade da demanda por minério costuma ser menor no curto prazo — especialmente se a China, maior compradora mundial, reforçar seu programa de estímulo interno.
Técnica e fundamento apontam na mesma direção
Com a ação operando acima do suporte técnico e sustentando uma sequência de candles semanais de reversão, o cenário de curto prazo é favorável. A estrutura de alta no semanal permanece válida enquanto VALE3 respeitar a faixa dos R$56. O próximo alvo natural é o rompimento de R$62, o que poderia abrir espaço para movimentos até R$65 – R$66 antes do fechamento de outubro. O volume comprador crescente reforça a confiança do mercado nessa direção. Além disso, a perspectiva de novas medidas de estímulo na China adiciona combustível à tese, compensando parcialmente o ruído externo causado pelas tarifas norte-americanas.
Probabilidade de valorização no curto prazo
VALE3 entra na segunda quinzena de outubro tecnicamente posicionada para um movimento de alta até o final do mês, sustentada por:
1. Estrutura semanal de reversão positiva e rating técnico de compra;
2. Suporte consolidado em R$52 – R$56 e alvo projetado em R$62 – R$66;
3. Expectativa de estímulo chinês pós – Golden Week;
4. Impacto tarifário limitado às siderúrgicas, com menor efeito direto sobre mineradoras.
Resumindo, o gráfico semanal mostra a porta entreaberta para uma retomada — bastando um gatilho externo (como novas medidas chinesas) para transformar essa oportunidade técnica em movimento de preço concreto. Enfim, VALE3 tem tudo para continuar a nos alegrar até o fim do ano, pois figura até aqui (em 2025) aproximadamente 19% de alta e, acredito (segundo argumentos supramencionados), que ela pode continuar o "movimento altista", ancorada em toda essa conjuntura. Lembrando que isso não é uma recomendação, apenas o que eu, Rafael, vejo no gráfico, com um toque fundamentalista!
Bons trades!