A primeira quinzena de outubro trouxe ótimas notícias para aqueles investidores que seguem a estatal de perto. No dia 7/10, o valor de mercado da Petrobras (SA:PETR4) recuperou a vice-liderança entre as maiores empresas da Bovespa, segundo a Economática.
Chegando a R$ 211,64 bilhões, o valor da multiplicação do preço de cada ação com a quantidade de papéis na Bolsa de Valores, ultrapassou em R$ 27 milhões o até então segundo lugar da lista, Itaú Unibanco (SA:ITUB4).
Essa realidade foi muito bem vista por milhares de investidores. Bem diferente daquela que se encontravam no início do ano. Em fevereiro de 2016, período próximo ao que as suas ações alcançaram o mínimo, a petroleira ocupava a quarta posição da lista, atrás da grande produtora de bebidas, Ambev (SA:ABEV3), e de dois gigantes bancos privados, Itaú Unibanco e Bradesco (SA:BBDC4).
A Ambev se mantém na primeira posição desde o final de 2014. Atualmente a empresa marca um valor de mercado superior a R$ 307 bilhões. Os resultados satisfatórios e contínuos da grande indústria de bebidas suportam a posição da companhia no topo da lista.
Pela sua grande saúde financeira e sua estabilidade gerencial invejável, as ações da Ambev estão constantemente compondo carteiras de diferentes perfis de investidores. Entretanto, 2016 não foi um ano de resultados impressionantes nem para a gigante, nem para aqueles que confiaram em sua valorização.
Por mais que tenham mantido suas contas no azul, a empresa surpreendeu negativamente analistas que acreditavam em lucros substancialmente maiores que os demonstrados em seus balanços. Mesmo com os valores abaixo do esperado, a ABEV3 permaneceu na carteira de milhares de pessoas em nossa Bolsa de Valores.
Para os investidores que apostaram no aumento de preço a longo prazo dos papéis da Ambev e os compraram no primeiro pregão do ano, hoje acumulam uma valorização de pouco mais que 13%.
De fato, um investimento que traz um resultado como esse em pouco mais de dez meses não pode ser considerado ruim. Mas, sem dúvida, não o melhor.
Mas a primeira da lista não foi o investimento mais interessante do ranking.
A Petrobras está ainda distante da Ambev neste quesito. Mais de R$ 90 bilhões separam o valor de mercado das duas empresas. Mas a mudança de posição da petrolífera ilustra o contentamento de milhares de investidores presentes em nossa Bolsa de Valores.
Como foi dito anteriormente, a grande estatal estava inserida em um cenário completamente diferente no início deste ano. No final de janeiro, as ações da Petrobras marcaram preços nunca antes vistos nos books de oferta. Abaixo dos R$ 5,00, a cotação da PETR4 não passava a muitos analistas a ideia de uma rápida recuperação.
Entretanto, os investidores que escolheram acreditar no aumento dos preços e que aproveitaram os seus baixíssimos valores, fizeram excelentes resultados colocando os papéis da estatal em suas carteiras.
Aqueles que compraram ações da Petrobras no primeiro pregão do ano (04/01), hoje, em outubro, acumulam uma valorização superior a 120%. Os que aguardaram e conseguiram comprar os papéis em seu mínimo, no dia 26/01, ganham mais de 260% do seu capital com o investimento até agora.
Mesmo perdendo uma posição para a Petrobras, o Itaú Unibanco também apresentou bons resultados, tanto para sua gestão quanto para seus acionistas. O rendimento das aplicações que envolvem as ações do atual terceiro lugar também foram satisfatórios para o investidor.
As carteiras compostas apenas pelo papel ITUB4 presenciaram uma valorização superior a 50% desde o início do ano. Os investidores que conseguiram aproveitar o valor mínimo dos papéis, no dia 23/01, acumulam um ganho em torno dos 60%.
São oportunidades como essas que aproximam milhares de investidores às grandes empresas. Dessa forma, é inegável que os gigantes do mercado estão cada vez mais presentes em diferentes estratégias de investimento.