O mau humor do mercado no final de julho que foi amplificado nos primeiros dias de agosto com a escalada da guerra comercial não mostra o bom humor do mercado nas primeiras semanas do mês passado.
As expectativas da aprovação da reforma da Previdência em dois turnos na Câmara antes do recesso levaram o Ibovespa para recordes consecutivos até alcançar os 105.817 pontos no fechamento de 10 de julho, recorde histórico.
O cenário externo também estava positivo com a suspensão da guerra comercial e a expectativa por cortes de juros do Fed.
O bom humor, contudo, foi dando espaço à realização e a dúvidas em relação ao Fed, que, no último dia do mês, reduziu juros, mas deu sinal de que pode ter sido um evento único, de ajuste.
O governo tentou ajudar a economia com a liberação do FGTS e liberação do mercado de gás, além da redução da Selic, após o fechamento do mês.
Em julho, o índice subiu 0,84% e encerrou o pregão do dia 31 a 101.812 pontos.
Foleo lidera carteiras com ganhos de 14%
O mês volátil não abalou a maior parte das 21 carteiras recomendadas por corretoras, bancos e casas de research acompanhadas pelo Investing.com Brasil. Ao todo, 17 portfólios superaram os ganhos de 0,84% do Ibovespa, enquanto 4 perderam para o benchmark.
A Foleo se destacou ao garantir retorno de mais de 14% aos investidores com apostas certeiras no Banco Inter (SA:BIDI4), Sinqia e JBS (SA:JBSS3). O banco digital retornou 62% em julho, seguido por 30,3% e 17,3% dos outros dois papéis.
A casa ainda teve ganhos com a Engie (SA:EGIE3) (+11%), Totvs (SA:TOTS3) (+10%), Cosan (SA:CSAN3) (+10%), Cesp (SA:CESP6) (+7%), BrasilAgro (+0,5%), enquanto registrou perdas com CSN (SA:CSNA3) (-1%) e Cemig (SA:CMIG4) (-5%).
O segundo melhor resultado veio com o portfólio recomendado da Rico, que valorizou 7,8%, com destaques para altas de 25% na Magazine Luiza (SA:MGLU3) e de 20% na Azul (SA:AZUL4).
A Toro veio logo atrás, com 7,7%, com recomendação no BTG Pactual (SA:BPAC11) (+18%), BRF (SA:BRFS3) (+13%) e Lojas Americanas (SA:LAME4) (+10%).
Petrobras lidera mais uma vez as indicações; Queridinhas decepcionam em julho
A petroleira vem mostrando ser a grande queridinha entre os analistas e se manteve na ponta das recomendações do mês, ao aparecer em 12 portfólios. O papel, contudo, cedeu 4,9%.
A petroleira vem mostrando ser a grande queridinha entre os analistas e se manteve na ponta das recomendações do mês, ao aparecer em 11 portfólios. O papel, contudo, cedeu 4,9%.
Os cinco papéis mais indicados depois da Petrobras (SA:PETR4) também decepcionaram.
Com 10 indicações, Vale (SA:VALE3) cedeu 3,9% no mês, enquanto o Bradesco (SA:BBDC4) e o Banco do Brasil (SA:BBAS3) afundaram mais de 8%. Itaú (SA:ITUB4) cedeu 4% e o Pão de Açúcar (SA:PCAR4) perde 1,2%.
Banco Inter dispara 62%; Gerdau afunda 9,5%.
O banco digital foi o principal destaque entre as 88 ações indicadas por analistas em julho. Em mês movimentado o Banco Inter concluiu o desdobramento, fez seu programa de unit e um follow-on bem-sucedido com atração do Softbank.
Na sequência, apareceram Via Varejo (SA:VVAR3) (+52%), Sinqia (+30%), Eztec (SA:EZTC3) (+28%) e Magazine Luiza (+25%).
Na ponta negativa, a Gerdau (SA:GGBR4) afundou 9,5%, seguido por Banco do Brasil (-9%), Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) (-8%), Bradesco (-8%) e Tupy (SA:TUPY3) (-8%).
Veja abaixo todas as recomendações para julho.
*O Investing.com Brasil utiliza como padrão para análise de desempenho das carteiras a comparação entre os preços dos ativos no fechamento do pregão de 28 de junho e o do fechamento de 31 de julho, com ajustes por proventos, desdobramentos e grupamentos. Algumas recomendações utilizam outros valores e datas de entrada nos papéis e, por isso, podem apresentar resultado mensal diferente do calculado pelo Investing.com Brasil.