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Volatilidade = Oportunidade

Publicado 15.11.2016, 16:16
Atualizado 09.07.2023, 07:32

É engraçado como profissionais do mercado e a mídia mudam de opinião drasticamente sobre investimentos, especialmente quando ocorre um evento tão relevante como as eleições americanas.

Até uma semana atrás todos estavam otimistas e hoje já se fala num armagedom apocalíptico financeiro.

Para quem leu artigo que publiquei no final de agosto sobre proteção contra possível queda no mercado e comprou algum seguro, agora deve estar parcialmente despreocupado.

Artigo: Ibovespa, está na hora de se proteger contra queda?

Durante minha carreira, busquei construir minha política de investimentos através de informações de grandes investidores que fogem do senso comum da indústria, tais como Warren Buffet, George Soros e Luis Stuhlberger.

Principalmente deste último, que é um renomado gestor brasileiro.

Todos eles possuem uma linha de pensamento simples e são coerentes no modo de agir.

Acompanho as Cartas de Gestão destes investidores a anos e o que me chama atenção, é que eles não olham o risco da carteira como volatilidade.

Na verdade, eles estão dispostos a assumir volatilidade de curto prazo para maiores retornos no longo prazo.

Como iniciei cedo no mercado financeiro, tive a oportunidade de experimentar algumas linhas de raciocínio e para minha surpresa funcionou.

Gosto da seguinte frase do Warren Buffet:

"Por algum motivo, as pessoas se baseiam nos preços e não nos valores. Preço é o que você paga. Valor é o que você leva."

A volatilidade é calcula a partir dos retornos dos preços dos ativos, sendo assim, é algo superficial e não contempla uma avaliação aprofundada que leva em consideração o valor de um investimento.

No entanto, para um investidor disciplinado, as oscilações nos preços podem trazer ótimos oportunidades.

Além da disciplina, é preciso ter sangue frio e estomago para se beneficiar.

Num momento de stress igual ao que estamos vivendo, crise brasileira, impeachment, Brexit, eleição Trump...

É natural trazer algumas incertezas e com isso aumento significativo da volatilidade nos mercados.

“Na dúvida, vende e depois pensa.”

É assim que muitos pensam no mercado, especialmente num ano como 2016 no qual diversas classes de ativos performaram bem, destaque para bolsa, fundos imobiliários e títulos públicos pré e pós fixados a inflação.

volatilidade_gestao-de-investimentos
Fonte: Tutors AM e Quantum Axis

No entanto, nem todos os investidores entraram no mercado a níveis de preços satisfatórios, na realidade percebo que houve mais interesse nos últimos três meses, depois que já tivera alta.

O velho paradoxo retorna:

"Investidores compram na alta e vendem na baixa."

Parece clichê, mais este paradoxo se repete ano após ano e parece que será um ciclo infinito.

E isto não ocorre somente com investidores, a própria mídia, até aquela especializada sempre traz em suas capas os investimentos que estão melhor performando influenciando inúmeras pessoas. Mesmo que as informações sejam de cunho informacional, seu apelo é forte e muitos investidores sem uma análise profunda entram no mercado. Como é de se esperar, o resultado geralmente é frustrante...

Um colega antigo da XP, William Castro postou em seu blog um texto sobre isto, recomendo a leitura e traz a seguinte imagem.

Artigo: BRASIL – REVERSOR INDEX E BOTÃO EJECT?!

volatilidade-revista-gestao-de-investimentos
Fonte: Bugg

Tal efeito ocorre, porque a mídia começa a divulgar os resultados quando são extremamente positivos, ou seja, quando uma determinada classe de ativos subiu muito e performou mais do que outras.

Quando um ativo sobe muito, geralmente nos períodos posteriores tende apresentar um desempenho fraco, lógico que há exceções.

Vou dar um exemplo que aconteceu recentemente.

Em setembro de 2015 a bolsa estava nos 44.000 pontos, poucas pessoas falavam em comprar ações, pois o medo pairava no ar.

Comecei a comprar para nossas carteiras e recomendar aos clientes que também fizessem.

Em relação aos clientes, tive um respaldo negativo. Até entendo, já que naquele momento, as incertezas e todo mau humor eram imensas.

De setembro a dezembro, a bolsa caiu para 38.800 pontos, no qual pude comprar mais um pouco. Veja Gráfico: ibov
Fonte: Investing Brasil

Em poucos meses ela se recuperou e hoje está a 60.000 pontos.

Como a volatilidade está elevada, pude rebalancear nossas carteiras nos 59.000 pontos vendendo bolsa e comprando outras classes que não tiveram bom desempenho.

Mais isso só foi possível, porque enxerguei valor no momento da compra e desconsiderei quaisquer oscilações de preço.

No médio e longo prazo, os fundamentos tendem a prevalecer.

Não deixe a volatilidade te assustar, pense nela como oportunidade de comprar mais barato ou vender mais caro. Com o tempo você ficará com mais confiança para aproveitar as oportunidades. Lembre-se que crise sempre existiu e provavelmente continuará existindo, cabe a nós investidores identificarmos as oportunidades que aparecem.

Onde estarão as oportunidades?

Esta pergunta é muito difícil de responder, e se alguém soubesse a resposta, posso garantir que cobraria muito caro por ela ou ficaria rico por conta própria.

Por isso é importante que investidor tenha um plano de investimentos e siga com disciplina.

Posso fazer algumas deduções, no entanto, não passam de meras inferências ou crenças baseadas em crises passadas. No mercado nada é igual, nenhuma crise é igual a outra, como dizia Heráclito:

"Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo."

Como na maioria dos períodos de stress, semana passada bolsa caiu e dólar subiu. Além disto, títulos pós fixados a inflação e pré-fixados tiveram desvalorização.

Para quem tem algum ativo que se beneficie com a alta de dólar, tais como as empresas de celulose e aviação, terão oportunidade de rebalancear a carteira com valorização.

O Ouro geralmente também demonstrar boa performance em períodos de stress.

Ativos como bolsa, geralmente tem desempenho ruim, no entanto, pode dar ótima oportunidade de compra.

Títulos públicos (NTN-B, NTN-F e LTN) destaque para aqueles com vencimento superior a 5 anos, também poderão desvalorizar, proporcionando ao investidor melhores taxas de juros no longo prazo.

Estas são algumas das oportunidades que poderão aparecer e quem estiver atento poderá melhorar seus rendimentos no longo prazo.

Espero que tenha ajudado a esclarecer um pouco sobre o momento atual. Qualquer dúvida ou sugestão deixe seu comentário abaixo.

Texto publicado no Blog Gestão de Investimentos.

Últimos comentários

parabéns pelo texto. lúcido e ilustrativo!
Esse povo fala demais......esse mês é de correção.....ainda creio em IBOVESOA futuro em 71.000.......creio que 58.250 deve segurar esta correção....e a partir de 16.11.16 já deveremos ver os sinais de subida novamente.......se fizer um fundo duplo em 58.250, compra, que vai lá pra cima.....
Ibovespa irá subir igual foguete e quem irá puxar será Petrobras PN e ON. Quem ainda estiver dormindo com o Urso e insistir em ficar DI SHORTs, da noite para o dia acordara pelado.
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