Olá, você leitor do investing.com para este artigo, esta é a minha primeira publicação por aqui e como todo bom estreante, nada mais justo do que iniciar meus comentários diante de um mercado extremamente volátil e que está sendo guiado pelo “Weather Market”. Mas o que isso significa?
O "Weather Market" ou mercado de clima é a coisa mais subjetiva que eu já tive a oportunidade de conhecer na vida, “comprar ou vender clima” é algo tão perigoso quanto querer atravessar uma avenida de olhos vendados.
Por mais que as intempéries do clima possam ser previstos em um radar de 10 a 15 dias, com precisão de acerto de mais de 95% , realizar sua operação de trade baseado em sol ou chuva pode lhe custar alguns bons trocados.
Todo esse meu preâmbulo foi para dizer que contra fatos não há argumentos. 95% da área de milho nos EUA já foi plantada, 76% destas áreas apresentam boas condições de desenvolvimento e “se” o clima colaborar (e parece que irá colaborar muito), os movimentos de alta dos preços como vimos nos últimos 4 dias em Chicago e aqui no Brasil parece que já começam a encontrar um teto e o seu limite começa a aparecer na casa de US$ 3,60 a US$3,67 o bushel. As correções técnicas de preço pra cima devem começar a perder seu folego á partir de agora.
No mercado interno brasileiro, mesmo com os preços próximos das mínimas em algumas praças produtoras, isso não estimulam os compradores a entrarem em cena mesmo com o dólar disparando nesta semana que se passou, pois a próxima safra de aproximadamente 53 milhões de sacas aumenta a disponibilidade do produto que já é farta nos estoques dos armazéns e a pressão do preço é cada vez maior sobre o produto.
Diante desse “cenário claro como um dia de sol” e clima extremamente favorável para a colheita da segunda safra que se inicia no Brasil, mesmo que “algumas névoas” apareçam no mercado de milho, parece que o destino da cotação do cereal tem uma única direção certa ao menos pelos próximos 45 dias tanto aqui no Brasil como na CBOT em Chicago, pra baixo.