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Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) fez poucas mudanças nas estimativas de safra e exportação de soja do Brasil para 2025, mas elevou a previsão de receita com as exportações do país, considerando preços mais altos, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira.
O faturamento com as exportações do complexo soja (grãos, farelo e óleo) em 2025 foi estimado em US$54,4 bilhões, 3% acima da projeção divulgada em abril.
Com o ajuste nos preços do grão e do óleo de soja, agora a Abiove passa a ver um aumento no faturamento com as exportações totais do setor em relação a 2024, quando os embarques renderam US$53,9 bilhões.
A soja é um dos principais produtos de exportação do Brasil, o maior produtor e exportador global da oleaginosa.
O aumento da projeção foi feito apesar de uma ligeira redução na expectativa do volume exportado, segundo dados da Abiove, que reúne as tradings e processadoras de soja do Brasil.
Já que entidade elevou a previsão do preço médio do grão exportado em 2025 para US$415/tonelada, US$15/t acima da projeção de abril, mas ainda abaixo da cotação de 2024 (US$435/t).
Dentro do complexo, a soja em grão é o produto que responde pela maior parte do faturamento, com US$44,9 bilhões de toneladas, o que superaria o total visto no ano passado (US$42,9 bilhões), graças a volumes recordes exportados.
A associação também elevou o preço médio do óleo de soja exportado ao longo de 2025 para US$1.050/tonelada, enquanto manteve a previsão para o valor do farelo de soja.
A Abiove não deu explicações sobre a mudança nos preços.
VOLUMES
A entidade reduziu ligeiramente a previsão de embarques de soja para 108,2 milhões de toneladas, ainda um recorde absoluto, versus 108,5 milhões na previsão de abril.
Mas a projeção indica aumento de 9,4 milhões de toneladas na comparação com as exportações de 2024, quando o país sofreu com uma quebra de safra.
A associação ainda aumentou em 100 mil toneladas a previsão de safra do Brasil, já colhida, para 169,7 milhões de toneladas. No ano passado, o Brasil colheu 154,4 milhões de toneladas, segundo números da Abiove.
Outra mudança mais relevante no quadro de oferta e demanda foi feito no consumo interno de óleo de soja do Brasil em 2025, estimado em 10,3 milhões de tonelada, 200 mil toneladas acima da projeção do mês passado.
Na comparação anual, o aumento é de quase 400 mil toneladas, apesar de o governo brasileiro ter mantido a mistura de biodiesel no diesel em 14%.
Mais de 75% do biodiesel no Brasil é produzido a partir do óleo de soja.
(Por Roberto Samora)