NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE atingiram uma mínima de cinco meses e meio nesta segunda-feira, estendendo um fraco início de ano, uma vez que as perspectivas de oferta continuaram a melhorar, enquanto o apetite por risco piorou nos mercados financeiros mais amplos.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para março fechou em queda de 0,22 centavo de dólar, ou 1,2%, a 17,83 centavos de dólar por libra-peso, após atingir a mínima desde o fim de julho a 17,60 centavos de dólar.
* Operadores disseram que mais chuvas estão previstas para o maior produtor de açúcar, Brasil, nos próximos 10 dias, melhorando as perspectivas de safra. As colheitas de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia também começaram bem.
* "Chuvas estão levando a uma visão mais otimista para a safra brasileira 2022/23", disse a consultoria Hedge Point Global Markets, acrescentando que pode revisar para cima sua estimativa atual de 550 milhões de toneladas de cana para o centro-sul.
* A desvantagem do açúcar, no entanto, parece limitada, uma vez que os preços caíram abaixo da paridade do etanol no Brasil, o que deve levar as usinas de cana a desviar parte da produção do açúcar para o etanol.
* O açúcar branco para março caiu 4,50 dólares, ou 0,9%, a 481,30 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica para março caiu 3,55 centavos de dólar, ou 1,5%, a 2,349 dólares por libra-peso.
* Meteorologistas estão prevendo que as chuvas nas áreas de café do Brasil diminuirão durante as próximas semanas.
* O arábica foi impulsionado ultimamente pelas chuvas que inundaram as plantações de café no centro-leste do Brasil, a mais recente de uma montanha-russa climática para o país.
* O café robusta para março caiu 56 dólares, ou 2,4%, a 2.260 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel; reportagem adicional de Roberto Samora em São Paulo)