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AEB vê queda nos preços das commodities do Brasil em 2019; soja lidera exportação

Publicado 13.12.2018, 17:35
Atualizado 13.12.2018, 17:35
© Reuters. Soja estocada em Sorriso city, Mato Grosso, Brasil

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços das principais commodities exportadas pelo Brasil deverão cair no próximo ano em relação a 2018, diante de expectativas de queda no ritmo de crescimento econômico global, aumento de taxa de juros dos EUA, além de questões relacionadas à guerra comercial sino-americana, previu nesta quinta-feira a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

A maior queda em cotações, de mais de 17 por cento na comparação anual, é projetada para o Petróleo WTI Futuros, que está em segundo no ranking dos principais produtos exportados pelo Brasil. A AEB estima um preço médio de 350 dólares por tonelada de óleo bruto.

A soja, que deverá ser pelo quinto ano seguido o principal produto de exportação do Brasil, sofrerá uma queda de 5,5 por cento no preço ante 2018, para 375 dólares por tonelada.

Já o minério de ferro, terceiro produto mais exportado pelo país, que tem na mineradora Vale (SA:VALE3) a maior produtora global, foi precificado em 48 dólares/tonelada (-5,9 por cento), em média, segundo a previsão da AEB para 2019.

Soja, petróleo e minério deverão ser responsáveis por 30,1 por cento das exportações totais projetadas para o Brasil em 2019 (ante 32,5 por cento em 2018).

Ao todo, as exportações brasileiras no próximo ano foram estimadas em cerca de 220 bilhões de dólares, queda de 7,3 por cento ante 2018, segunda a AEB, em parte explicada pelo recuo nos preços das commodities.

"Todavia, eventual acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China ou até mesmo qualquer outra crise em país desenvolvido pode acelerar a queda das cotações e quantidades das commodities, ampliando o impacto negativo sobre o comércio exterior brasileiro...", disse em nota o presidente da AEB, José Augusto de Castro.

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A AEB lembrou ainda que a eventual elevação das taxas de juros dos EUA aumenta os custos financeiros e reduz os níveis de comércio mundial. E citou também que o PIB da China tem mostrado lenta e contínua queda no ritmo de crescimento, enquanto a União Europeia apresenta problemas econômicos na Itália e políticos na Alemanha e Reino Unido.

A guerra comercial, ainda que seja vista como um fator negativo para a economia global e com impactos para o Brasil, favoreceu produtores e a indústria de soja brasileira em 2018, na medida em que os chineses aplicaram uma taxa de 25 por cento à oleaginosa norte-americana, trazendo a demanda do maior importador global fortemente para o país sul-americano.

O Brasil nunca exportou tanta soja, com os volumes superando 80 milhões de toneladas. O faturamento apenas com a exportação do grão em 2018 foi estimado pela AEB em 32,8 bilhões de dólares.

A oleaginosa é seguida pelo petróleo, com 24,4 bilhões de dólares, e o minério de ferro, com 19,9 bilhões de dólares previstos para 2018.

Para 2019, a AEB projeta queda no faturamento da exportação de soja de 17,8 por cento ante 2018, para 27 bilhões de dólares, com o Brasil exportando menores volumes --além dos preços mais baixos--, diante de expectativas de que a China volte ao mercado norte-americano.

Nesta semana, aliás, foram reportadas as primeiras compras chinesas do produto dos EUA em vários meses.

Para as exportações de petróleo, a queda no faturamento é de 14,1 por cento, para 21 bilhões de dólares, apesar de um aumento esperado de cerca de 10 por cento na produção de petróleo da Petrobras (SA:PETR4) em 2019.

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No caso do minério de ferro, a projeção é de uma redução de 8,5 por cento, para 18,2 bilhões de dólares.

Veja detalhes na tabela abaixo

PRODUTOS 2019** 2018* VARIAÇÃO %

US$ BILHÕES US$ BILHÕES 2019 / 2018

Soja em grão 72 t x $375 = 27,000 32,839 -17,8

Minério de ferro 380 t x $48 = 18,240 19,945 -8,5

Petróleo em bruto 60 t x $350 = 21,000 24,439 -14,1

Carne de frango 4 t x $1,500 = 6,000 5,828 2,9

Farelo de soja 15 t x $370 = 5,550 6,494 -14,5

Carne bovina 1,3 t x $4,000 = 5,200 5,495 -5,4

Café em grão 1,75 t x $2,300 = 4,025 4,301 -6,4

Milho em grão 25 t x $175 = 4,375 4,095 6,8

Minério de cobre 1,2 t x $1,900 = 2,280 2,530 -9,9

Fumo em folhas 0,44 t x $ 4,200 = 1,848 1,863 -0,8

Carne suína 0,6 t x $1,900 = 1,140 1,068 6,7

Algodão em bruto 0,9 t x $1,750 = 1,575 1,562 0,8

** Quantum projetado x preço médio estimado = receita prevista

*Estimativa

PRODUTOS COTAÇÕES MÉDIAS – US$/ton

Projetadas 2019 Efetivas 2018 Variação %

Minério de ferro 48 51 -5,9

Petróleo 350 425 -17,6

Soja em grão 375 397 -5,5

Carne suína 1.900 1.943 -2,2

Carne bovina 4.000 4.055 -1,3

Carne de frango 1.500 1.533 -2,1

Açúcar bruto 280 297 -5,7

Café 2.300 2.407 -4,4

Celulose 550 545 +0,9

Óleos combustíveis 450 485 -7,2

Elaboração: AEB

(Por Roberto Samora)

Últimos comentários

ou seja, nada de Petr4 a R$ 35 e nem de Vale3 a R$ 70 ?
Essas previsões funcionariam se o presidente não fosse o Trump. Como ele faz sempre o contrário dos "mãe Diná " , tudo isso vai furar!!!
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