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Agência marítima indica queda na exportação de soja do Brasil em junho

Publicado 07.06.2021, 17:26
Atualizado 07.06.2021, 17:31
© Reuters. Navio carregado com soja no porto de Paranaguá (PR) 
27/03/2003
REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil deverão cair em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado e também versus maio, de acordo com dados da programação da agência marítima Cargonave, que apontam cerca de 155 embarcações alinhadas para carregar a oleaginosa.

Esse número representa exportações de cerca de 10 milhões de toneladas neste mês, considerando que a maioria dos navios transporta entre 60 mil e 65 mil toneladas --a projeção pode ser alterada à medida que novas embarcações entram no "line-up" ao longo do mês.

No início de junho do ano passado, a programação de navios da Cargonave indicava 190 embarcações, quando o país acabou fechando o mês com quase 12 milhões de toneladas de embarques, conforme dados da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).

No início de maio, estavam na fila cerca de 180 navios, de acordo com a agência marítima, e as exportações do mês passado fecharam em 14,4 milhões de toneladas, segundo a Anec.

Os dados da programação de navios para junho trazem, até o momento, uma visão distinta das informações oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que apontam embarques fortes neste início de mês. Os números da Secex, contudo, podem carregar para junho registros de exportações efetivadas no mês anterior.

"Como exportamos bastante em março, abril e maio, meses que ficaram acima do ano passado, até pelo atraso nos embarques (no início do ano), talvez junho não seja maior (a exportação)", disse o analista Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado ao ser questionado sobre assunto.

"Diria que talvez (junho) no máximo repita o ano passado, embora eu ache que não vai chegar naqueles níveis, acho que vai chegar a 10 milhões no máximo", comentou ele.

Ainda assim, Roque ponderou que os volumes de junho serão "consideráveis", levando em conta que o maior produtor e exportador global de soja superou nos últimos três meses os embarques do mesmo período de 2020.

No acumulado do ano de janeiro a maio, as exportações de soja somaram 50,56 milhões de toneladas, ante 49,7 milhões no mesmo período de 2020, segundo dados da Anec, que ainda não divulgou projeções para junho.

© Reuters. Navio carregado com soja no porto de Paranaguá (PR) 
27/03/2003
REUTERS/Paulo Whitaker

Nesta segunda-feira, a propósito, a consultoria Safras & Mercado atualizou números de oferta e demanda de soja, apontando uma exportação recorde no ano de 86 milhões de toneladas, alta de 3 milhões ante a previsão anterior e também na comparação com o volume total de 2020.

Segundo Roque, a demanda por soja do Brasil, especialmente da China, continua "forte", uma vez que o país asiático trabalha para recuperar os plantéis de suínos que foram reduzidos pela peste suína africana nos últimos anos.

As exportações em 2021 podem atingir novo recorde graças também ao aumento na colheita, que foi histórica acima de 137 milhões de toneladas, segundo a Safras, apesar de problemas climáticos no início do plantio.

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