Brasília, 5 - O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou que a mobilização da categoria vai continuar após 98% dos auditores reunidos em assembleia recusarem a contraproposta para reestruturação da carreira, apresentada na segunda-feira, 4, pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). A mobilização da categoria foi iniciada em 22 de janeiro.
Na Operação Reestruturação, os auditores agropecuários reivindicam ao governo melhores salários e condições de trabalho. A categoria quer a equalização da carreira em relação ao tratamento recebido pelos auditores do trabalho, da Receita Federal e da Polícia Federal.
O Anffa reafirmou que a mobilização não corresponde à greve ou à paralisação das atividades de defesa agropecuária ou à operação-padrão. Conforme o Anffa Sindical, a mobilização inclui a liberação de certificados e de mercadorias no último dia do prazo previsto pelo Ministério da Agricultura, dentro do prazo regulamentar, tornando o processo mais moroso, como na liberação de cargas em portos para exportação.
Durante a mobilização, os fiscais não cumprem horas extras não remuneradas. A análise e liberação de produtos perecíveis e cargas vivas são priorizadas pelos auditores agropecuários, segundo o Anffa.
A mobilização não atinge diagnóstico de doenças e pragas de programas de controle do Ministério e emissão de certificados sanitários internacionais para animais de estimação.
Exportadores de carnes, de frutas, frigoríficos e importadores de óleo de soja relatam atrasos no fluxo comercial e redução nas operações, em virtude da maior morosidade na liberação de cargas nos portos e aduanas. O setor produtivo já acionou o Ministério da Agricultura apresentando os impactos da mobilização nas atividades.