Por Gabriel Codas
Investing.com - Depois de ficar mais de uma semana sem negociação, a segunda-feira marcou a retomada das operações dos contratos futuros do minério de ferro, transacionados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. Em meio ao avanço do cornavírus, o ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para maio deste ano, encerrou com perdas de 7,97% a 606,50 iuanes por tonelada, o que representa uma queda de 52,50 iuanes em relação ao valor de liquidação anterior, que foi de 659,00 iuanes por tonelada.
No mesmo sentido, a sessão também foi de perdas expressivas nas cotações futuras dos papéis do vergalhão de aço, negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Xangai. O contrato de maior liquidez, para maio de 2020, perdeu 282 iuanes para 3.233 iuanes por tonelada, enquanto que o segundo em volume, de outubro, caiu 213 iuanes para 3.158 iuanes por tonelada.
A China elevou neste domingo medidas para conter a epidemia de coronavírus e ancorar a economia atingida por restrições de viagens e fechamentos de empresas, enquanto a primeira morte causada pela infecção foi registrada fora do país.
Um chinês de 44 anos de idade da cidade de Wuhan, na província de Hubei, epicentro da epidemia, viajou para as Filipinas e morreu lá no sábado, informou o Departamento de Saúde das Filipinas.
O surto do novo coronavírus ainda é “grave e complicado” disse o vice-governador de Hubei, Xiao Juhua, em entrevista a jornalistas.
Um total de 304 pessoas morreram vítimas do coronavírus na China, informou a Comissão Nacional de Saúde neste domingo. As infecções na China subiram para 14.380 até o sábado, depois de registrarem o maior aumento diário, disse a comissão.
Outros 171 casos adicionais foram reportados em mais de 20 países e regiões, incluindo Estados Unidos, Japão, Tailândia, Hong Kong e Inglaterra. No Brasil, onde ainda não há registro de infecções confirmadas, os casos suspeitos subiram no sábado de 12 para 16.
A China está enfrentando crescente isolamento, conforme são adotadas restrições de viagens por outros países, companhias aéreas suspendem voos e governos retiram seus cidadãos da nação asiática. O pânico arrisca gerar uma desaceleração ainda maior da segunda maior economia do mundo.
O banco central da China afirmou que vai injetar 1,2 trilhão de iuans (173,8 bilhões de dólares) em liquidez aos mercados na segunda-feira, em uma medida para preparar o país para a reabertura das bolsas após o prolongado feriado do Ano Novo Lunar.
Por Gabriel Codas