Petróleo sobe 3% para máxima em sete semanas com queda de estoques nos EUA
BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino eliminou nesta segunda-feira temporariamente os impostos de exportação sobre soja, farelo e óleo de soja, milho e trigo, em uma tentativa de aumentar a oferta doméstica de moeda estrangeira, enquanto o país luta para conter o peso.
A medida vai se estender até 31 de outubro ou até que as empresas agroexportadoras façam declarações juramentadas (DJVE) de exportações no total de US$7 bilhões, de acordo com um decreto presidencial publicado no Diário Oficial.
Até a publicação do decreto, que entrará em vigor a partir de terça-feira, as taxas sobre os embarques de soja e seus derivados de óleo e farelo eram de 26% e 24,5%, respectivamente, enquanto as exportações de milho eram taxadas em 9,5%.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, o terceiro maior exportador de milho e um importante fornecedor de trigo.
Uma fonte da presidência argentina disse à Reuters que uma equipe do Ministério da Economia daria uma explicação técnica sobre a medida nas próximas horas, depois de ser consultada sobre o DJVE e para qual campanha o limite de US$7 bilhões seria aplicado, já que isso não está claro no decreto.
A Reuters tentou obter comentários da câmara CIARA-CEC de exportadores e processadores de grãos, mas até o momento não obteve resposta.
O presidente argentino, Javier Milei, havia dito durante sua campanha presidencial, há dois anos, que a eliminação do imposto de exportação era um de seus objetivos políticos, mas que não poderia fazê-lo imediatamente.
No primeiro semestre do ano, o governo argentino implementou uma redução temporária desses impostos, o que impulsionou as vendas dos agricultores, que estavam em um ritmo muito lento.
(Por Lucila Sigal e Maximilian Heath)