Bayer (ETR:BAYGN) e Monsanto vão pagar US$ 6,9 milhões ao Escritório da Procuradoria Geral do Estado de Nova York, por supostamente terem feito alegações falsas e enganosas quanto à segurança de certos herbicidas Roundup, disse em comunicado a procuradora-geral Letitia James. A Bayer comprou a Monsanto em 2018, por US$ 63 bilhões.
Segundo James, as empresas alegaram repetidamente em publicidade, sem comprovação adequada, que os produtos Roundup contendo o ingrediente ativo glifosato eram seguros e não tóxicos.
Essas alegações violaram leis estaduais contra propaganda falsa e enganosa e também um acordo firmado em 1996 entre o escritório e a Monsanto. Sob os termos daquele acordo, a Monsanto se comprometeu a parar de fazer alegações infundadas sobre a segurança dos produtos Roundup que continham glifosato.
De acordo com a Procuradoria Geral, estudos científicos concluíram que algumas formulações de herbicidas da marca Roundup podem ser tóxicas para a vida selvagem, especialmente espécies polinizadoras como abelhas e borboletas, e também para peixes, anfíbios e outros organismos aquáticos.
A procuradora-geral disse que os US$ 6,9 milhões serão usados para prevenir, diminuir, mitigar ou controlar os impactos de pesticidas tóxicos, como os que contêm glifosato, sobre polinizadores ou espécies aquáticas. "É essencial que as empresas de pesticidas - mesmo e principalmente as mais poderosas - sejam honestas com os consumidores sobre os perigos de seus produtos para que possam ser usados com responsabilidade", disse James.
O acordo também exige que Bayer e Monsanto removam ou interrompam imediatamente quaisquer anúncios que representem como seguros os produtos Roundup contendo glifosato.