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BNDES amplia em R$4 bi linha em dólar ao agricultor; cooperativas terão mais R$2 bi

Publicado 02.02.2024, 10:44
Atualizado 02.02.2024, 13:16
© Reuters. Caminhão sendo carregado com soja em Luziania, Goiás. REUTERS/Adriano Machado/
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SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira a ampliação em 4 bilhões de reais da linha de financiamento em dólar ao produtor rural brasileiro, em uma modalidade de crédito que pode financiar custeio e investimento, num momento em que o setor rural se depara com preços mais baixos da soja e quebra de safra em algumas regiões.

Além da ampliação da linha em dólar, o BNDES anunciou mudanças no programa BNDES Procapcred, que apoia cooperativas de crédito, com aumento de 2 bilhões de reais no orçamento, acesso ampliado para pessoas físicas e condições diferenciadas de taxa e prazo para Norte e Nordeste.

"A linha dolarizada era só investimento, e abrimos para custeio... Estamos irrigando a economia, e estamos colocando recursos para as cooperativas", disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a jornalistas durante o anúncio.

"A linha em dólar é um oxigênio neste período...", acrescentou Mercadante, notando que os recursos deverão ajudar o setor agrícola, uma vez que novo Plano Safra só deve ser anunciado em meados do ano.

Lançada em abril de 2023, a Taxa Fixa do BNDES em Dólar (TFBD) oferece uma opção de financiamento com custo atrelado à variação cambial, o que é vantajoso para agricultores que têm receitas atreladas ao dólar.

No âmbito dessa linha, o valor aprovado com uso da TFDB totalizou 3,62 bilhões de reais em 2023, de um orçamento inicial disponível de 4 bilhões de reais, segundo informou o BNDES, nesta sexta-feira.

A ampliação da linha foi anunciada em momento em que o governo busca formas de irrigar o mercado de crédito agrícola, já que produtores enfrentam preços mais baixos da soja, além de uma quebra de safra em várias regiões.

"Tivemos intempéries climáticas, tivemos dificuldades de preços de commodities achatados. Nós estamos ao lado dos produtores, estamos pensando em mais linhas de créditos, mais oportunidades, para que não deixemos nenhum produtor dormir na incerteza sobre como vai conduzir o futuro de sua atividade", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante o evento.

Na véspera, Fávaro disse à Reuters que o governo brasileiro avalia a possibilidade de lançar uma linha de financiamento na moeda chinesa, o iuan, para agricultores.

Questionado por jornalista nesta sexta-feira sobre a possível linha em iuan, Fávaro disse que o assunto ainda não chegou no BNDES, mas o governo está olhando todos os cenários, e que a proposta tem uma lógica, já que a China é grande importadora de produtos brasileiros.

© Reuters. Caminhão sendo carregado com soja em Luziania, Goiás. REUTERS/Adriano Machado/

"O setor exportador faz um adiantamento do crédito, essa operação quando feita em iuan a taxa de juros é de 2% ao ano, é muito atrativa. Por que então a gente não pode pensar, para aqueles que tem exportação específica para a China, poder fazer uma operação em iuan?", comentou.

Fávaro lembrou que, embora Estados como o Rio Grande do Sul devam ter boa produção, outros como o Mato Grosso, lidam com as dificuldades da conjuntura. Mas garantiu que "ninguém vai ficar na incerteza e na inadimplência por falta de crédito".

(Por Roberto Samora)

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