NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau negociados em Londres subiram novamente nesta sexta-feira, registrando um ganho semanal de 4%, após estabelecer um novo recorde de preço no início da sessão, com relatos de cortes de energia em Gana, segundo maior produtor, aumentando as preocupações com a escassez de oferta.
CACAU
* O contrato março do cacau em Londres subiu 13 libras, ou 0,4%, para 3.358 libras por tonelada, depois de atingir 3.370 libras, uma máxima histórica e o quarto recorde nesta semana.
* O contrato teve alta de 4% na semana, após ganho de 6% na semana passada.
* Várias áreas de Gana foram atingidas por cortes de energia na quinta-feira, depois que a empresa de transmissão de energia do país da África Ocidental alertou sobre o fornecimento limitado de gás para geração de energia.
* O excesso de chuvas na Costa do Marfim e em Gana, que produzem dois terços do cacau mundial, tem afetado as colheitas de cacau durante grande parte deste ano, embora os meteorologistas esperem melhores condições durante a próxima semana.
* O dezembro do cacau de Nova York subiu 42 dólares, ou 1,1%, para 3.852 dólares por tonelada.
AÇÚCAR
* O março do açúcar bruto subiu 0,3 centavo, ou 1,1%, a 27,34 centavos de dólar por libra-peso, após tocar uma máxima de 12 anos de 28,00 centavos na quarta-feira.
* As usinas brasileiras da região Centro-Sul vão expandir as operações de moagem de cana-de-açúcar para além do período tradicional para enfrentar uma safra recorde este ano e aproveitar os altos preços do açúcar.
* Sucden disse que o congestionamento portuário no país deve piorar o aperto na oferta de açúcar no mercado.
* O dezembro do açúcar branco subiu 7,60 dólares, ou 1,0%, para 741,80 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O dezembro do café arábica caiu 0,25 centavo, ou 0,2%, a 1,6095 dólar por libra, tendo estabelecido uma máxima de cinco semanas na quarta-feira. O contrato perdeu 2,6% na semana, após ganhos de 12% nas duas semanas anteriores.
* O café arábica tem encontrado suporte em questões logísticas no Brasil, o maior produtor, mas, apesar disso, o atual desenvolvimento da colheita do país tem sido ótimo e as expectativas para a próxima safra permanecem positivas.
* O janeiro do café robusta fechou em queda de 37 dólares, ou 1,5%, a 2.383 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)