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Cenário de recuperação de preço de celulose e consolidação de fabricantes é reforçado após balanços

Publicado 02.05.2016, 16:52
Atualizado 02.05.2016, 17:00
© Reuters.  Cenário de recuperação de preço de celulose e consolidação de fabricantes é reforçado após balanços
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Por Priscila Jordão

SÃO PAULO (Reuters) - A tendência de recuperação dos preços da celulose e eventual consolidação de fabricantes estão sob a mira do mercado após os resultados do setor no primeiro trimestre terem mostrado os efeitos da pressão exercida por clientes chineses sobre as receitas.

Executivos de Fibria (SA:FIBR3), maior do setor, Suzano (SA:SUZB5) e Klabin (SA:KLBN4) citaram em teleconferências na semana passada que acreditam na possibilidade de alta de preços da celulose a partir de agora, mas ninguém quis arriscar quando um reajuste poderia ser anunciado.

Apenas a Eldorado Celulose comentou na semana anterior que espera que os preços da matéria-prima do papel mostrem recuperação na China a partir de junho.

"Olhando para frente, o mercado deve continuar de olho nessas sinalizações e na demanda, principalmente do lado da China. No início do ano havia preocupação se a China ia continuar com demanda forte, mas o primeiro trimestre mostrou que se continua com volumes expressivos tanto na China quanto na Europa", disse o analista Rafael Ohmachi, da Guide Investimentos.

Para os analistas Gabriela Cortez e Victor Penna, do BB (SA:BBAS3) Investimentos, outro fator que pode ajudar as companhias brasileiras do segmento nos próximos meses são paradas antecipadas de alguns produtores de celulose de fibra curta na China e na Indonésia, o que pode reduzir a oferta.

Segundo a Fibria, o sentimento de que os preços atingiram o piso no fim do primeiro trimestre levou a uma retomada dos volumes de vendas para os chineses em março, apesar das exportações totais de celulose do Brasil naquele mês terem recuado 10 por cento sobre um ano antes, segundo dados da associação que representa os fabricantes, Ibá.

"Mantemos a recomendação de 'outperform' para a Fibria... nossa postura positiva se baseia na tendência positiva para os preços da celulose à frente e nos projetos acretivos de crescimento", escreveram analistas liderados por Marcos Assumpção, do Itaú (SA:ITSA4) BBA.

Os analistas do Citi Juan Tavarez e Paulo Valaci também afirmaram encontrar valor na ação na Fibria, mas, em sua visão "encontrar catalisadores positivos permanece um desafio em meio aos mercados fracos da celulose e à força do real (evidente no primeiro trimestre fraco da Fibria)", afirmaram em relatório.

Além do panorama de preços, analistas avaliam ainda aumento nas chances de consolidação do mercado, em que os maiores fabricantes encerraram recentemente grande ciclo de expansão de capacidade produtiva com bilhões de reais em investimentos, conseguindo reduzir fortemente o nível de endividamento.

Segundo Ohmachi, da Guide, o caminho natural para que as empresas de celulose continuem crescendo seria por meio de fusões e aquisições. "Vemos isso como uma das únicas fronteiras de crescimento para essas empresas", afirmou.

De fato, o presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou que a empresa não fecha as portas para nenhuma alternativa de aquisição, seja em celulose ou papel e comentou que a companhia será "mais agressiva na política de redesenho da indústria". A Suzano conseguiu reduzir a dívida para uma relação de 2,3 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no primeiro trimestre, contra 4 vezes um ano antes.

Na Fibria, a redução da alavancagem foi de 2,88 vezes Ebitda para 1,85 vez, enquanto na Eldorado houve queda de 6 para 4 vezes no nível de endividamento no primeiro trimestre sobre um ano antes. Na Klabin, o indicador subiu de 4,2 para 5,9 vezes no período, mas a empresa iniciou as operações de sua primeira fábrica de celulose apenas em março deste ano.

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