Investing.com – Os futuros de cobre operaram em uma baixa de cinco semanas nesta segunda-feira, após dados mais recentes oriundos da China terem sido somados às preocupações com a saúde da segunda maior economia mundial.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o cobre com vencimento em dezembro caiu 0,8 centavos, ou 0,33%, e foi negociado a US$ 2,234 por libra durante as negociações da manhã. No início do dia, os preços caíram para US$ 2,228, o nível mais baixo desde 24 de agosto. Na sexta-feira, os preços do cobre caíram 1,3 centavos, ou 0,58%.
Enquanto isso, o contrato de três meses de cobre na London Metal Exchange caiu 0,28%, para US$ 5.059,50 por tonelada, um nível não visto desde 26 de agosto.
Dados divulgados no início do dia revelaram que as exportações chinesas caíram 6,9% em comparação com o mês de outubro do ano anterior, pior do que as expectativas para uma queda de 3,0%, ao passo que as importações recuaram 18,8% em comparação com as expectativas para uma queda de 16,0%.
Isso deixou a China com um superávit comercial recorde de US$ 61,6 bilhões no mês passado, de US$ 60,3 bilhões em setembro.
As importações de cobre da China em outubro caíram 8,7% em relação ao mês anterior, para 420.000 toneladas métricas, evidenciando as preocupações com o enfraquecimento das perspectivas de demanda do país asiático.
Os dados decepcionantes reforçaram a visão de que a economia permanece no meio de uma desaceleração gradual que vai exigir que os legisladores em Pequim implante de mais medidas para impulsionar o crescimento nos próximos meses.
Os participantes do mercado estão aguardando dados sobre o consumidor e a inflação de preços ao produtor da China na terça-feira para obter mais dicas sobre a força da segunda maior economia do mundo.
O relatório deve mostrar que os preços ao consumidor subiram 1,5% no mês passado, em comparação com uma leitura de 1,6% em setembro, ao passo que os preços ao produtor deverão cair 5,8%, o que seria a 42ª queda mensal consecutiva.
Na quarta-feira, o país asiático deve publicar relatórios sobre a produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos para outubro.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Os preços do ouro operaram perto de baixas de três meses nesta segunda-feira, uma vez que os investidores continuaram cortando as participações do metal precioso em meio às expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) aumente as taxas de juros em sua próxima reunião em dezembro.
O dólar norte-americano ficou perto de altas de sete meses em relação à cesta das principais moedas mundiais, após dados terem mostrado que a economia norte-americana criou mais vagas de emprego do que o esperado em outubro, reforçando as expectativas para um aumento das taxas antes do final do ano.
Um dólar mais forte reduz a demanda por matérias-primas como um investimento alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Os investidores estão aguardando dados norte-americanos importantes no final da semana, para mais indicações sobre a força da economia e a probabilidade de um aumento das taxas de curto prazo.
Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo, preços ao produtor e sentimento ao consumidor na sexta-feira.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses. O banco central norte-americano tem mais uma reunião de política agendada antes do final do ano, na metade de dezembro.
O ouro operou em alta em outubro, uma vez que as preocupações com uma desaceleração econômica mundial liderada pela China e seu impacto sobre as perspectivas de crescimento dos Estados Unidos levaram os participantes do mercado a diminuir as expectativas para um aumento das taxas até março de 2016.
Mas aos comentários agressivos do Fed na semana passada forçaram os participantes do mercado a reajustar as expectativas para taxas de juros mais elevadas em dezembro, desencadeando uma onda de vendas no mercado do ouro.
As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.