IPCA: Energia, loterias e passagens aéreas contribuíram para aceleração em julho
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil colheu 1,05% da área cultivada de milho na segunda safra, abaixo dos 2,69% do mesmo período do ano passado e do índice de 0,76% da média dos últimos cinco anos, informou a consultoria Pátria AgroNegócios nesta sexta-feira.
"O Paraná lidera o avanço da colheita nacional. Primeiras colheitas apontam resultados de produtividade elevados, especialmente nas áreas do Centro-Oeste do país", afirmou o diretor da consultoria Matheus Pereira, em nota.
O Paraná, segundo maior produtor de milho do país após o Mato Grosso, havia colhido 2,1% da área.
Em Mato Grosso, a colheita atingiu 1%, segundo a consultoria.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita no Estado somava 4,73% da área no mesmo período do ano passado.
Os trabalhos de colheita no maior produtor brasileiro também estão mais lentos neste início em relação à média histórica de cinco anos, de 2,61%, segundo dados do instituto ligado aos produtores.
Pereira, da Pátria AgroNegócios, observou que ciclo 24/25 "foi mais atrasado, por completo... desde o plantio da soja", que antecede a segunda safra de milho.
"Chuvas impedem os trabalhos de campo nas regiões afetadas, que são poucas", acrescentou ele.
Apesar do atraso neste início de colheita, as produtividades estão favoráveis no Brasil, terceiro produtor global e segundo maior exportador do cereal.
A safra total de milho do Brasil em 2024/25 foi estimada nesta sexta-feira em cerca de 139 milhões de toneladas, aumento de praticamente 4 milhões de toneladas na comparação com a previsão do mês anterior, de acordo com levantamento divulgado pela consultoria Safras & Mercado.