Governo reduz contenção de gastos de ministérios em R$20,6 bi e vê cumprimento da meta fiscal este ano
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) -A colheita de soja da safra 2024/25 de Mato Grosso atingiu 50,08% da área cultivada até esta sexta-feira, um salto semanal de 21,50 pontos percentuais, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Com o avanço registrado nesta semana, o índice de colheita no principal Estado produtor do Brasil se aproximou da média de cinco anos de 53,21%, após atraso inicial. Até a semana passada, o atraso em relação à média era maior, de mais de dez pontos percentuais.
O Mato Grosso, que colhe mais de 25% da soja do Brasil, está com a safra 2024/25 estimada em 47,16 milhões de toneladas, com crescimento de 20,76% em relação ao ciclo passado, que foi atingido pela seca.
"O tempo ajudou nesta semana... Mais sol e menos dias nublados", afirmou o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, à Reuters, lembrando que antes as chuvas vinham atrasando as operações de colheita de soja e plantio de segunda safra, de milho e algodão.
"Destravou a colheita e andou bem o plantio", destacou.
O indicador de colheita, contudo, segue atrasado na comparação com o total visto na mesma época da safra passada, de 65,07%, após um plantio mais tardio em 2024/25.
O mercado contava com um avanço melhor da colheita nesta semana, já que havia expectativa de menos precipitações.
O plantio de algodão no Estado, que também estava atrasado, atingiu 95,68% da área prevista até esta sexta-feira, superando a média histórica para o período de 94,93%.
Já o plantio de milho em Mato Grosso avançou para 44,95% da área, ante 53,58% da média histórica no período, segundo o órgão ligado aos produtores.
O Mato Grosso também é o maior produtor de algodão e milho do Brasil.
NO BRASIL
Com impulso da atividade em Mato Grosso, a colheita de soja no Brasil atingiu 27,31% da área cultivada em 2024/25, salto de mais de dez pontos percentuais em relação à semana anterior, o que trouxe o índice para perto da média dos últimos anos, de acordo com avaliação da consultoria Pátria AgroNegócios divulgada nesta sexta-feira.
Na avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a intensificação da colheita de soja tem elevado a liquidez no mercado spot nacional e também o número de negócios por contrato a termo, para entregas futuras.
"Ainda assim, parte dos consumidores evita comprar grandes volumes, na expectativa de preços menores no próximo mês, tendo em vista a possível safra nacional recorde", disse o Cepea nesta sexta-feira.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reafirmou em relatório nesta semana que o Brasil terá uma safra recorde de 166 milhões de toneladas, enquanto números da indústria e de consultorias apontam uma safra acima de 170 milhões de toneladas.
(Por Roberto Samora; edição de Letícia Fucuchima e Pedro Fonseca)