SÃO PAULO, 26 Mai (Reuters) - A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás (SA:CGAS5)), maior distribuidora de gás natural do Brasil, anunciou nesta quinta-feira redução na maior parte de suas tarifas, incluindo clientes da indústria e do comércio, em meio a preços mais baixos do petróleo.
As novas tarifas, que passarão a valer a partir de 31 de maio, tiveram ajustes distintos, conforme o segmento de mercado e o volume de consumo.
As tarifas de gás natural canalizado sofrerão redução para os segmentos comercial (de -8 por cento a -0,8 por cento), industrial (de -21 a 11,3 por cento) e cogeração (-17 a -19 por cento, além de ligeira queda para residências que consomem mais de 10 metros cúbicos/mês.
Houve alta, no entanto, para clientes residenciais que consomem abaixo de 10 metros cúbicos/mês, com um aumento de 4,8 por cento para consumidores de 3 metros cúbicos/mês de consumo, e para o GNV (+2,2 por cento)- percentuais que se mantém abaixo da inflação, ressaltou a Comgás.
As novas tarifas são válidas para os consumidores de gás natural em toda a área de concessão da Comgás, que compreende 177 municípios na região metropolitana de São Paulo, região administrativa de Campinas, Vale (SA:VALE5) do Paraíba e Baixada Santista.
O reajuste realizado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) é resultado do alinhamento do custo de gás e repasse de valores acumulados na chamada conta-gráfica, que tiveram significativa redução em função da queda do preço do petróleo, que é a base para os preços do gás natural.
"As novas tarifas anunciadas pela Arsesp reforçam a competitividade do gás natural, uma alternativa energética segura, eficiente e versátil", disse o diretor-presidente e de Relações com Investidores da Comgás, Nelson Gomes, em nota, ressaltando que se trata de uma excelente notícia para o setor produtivo.
A Comgás, controlada pela Cosan (SA:CSAN3), conta com 1.605.838 clientes residenciais, 15.096 comerciais, 1.105 industriais e 26 de cogeração, além de 264 postos de combustíveis --a estimativa é de cerca de 100 mil motoristas com carro convertido para o uso de GNV.
(Por Roberto Samora; edição de Lisandra Paraguassu)