Investing.com - A cotação do ouro caía pela primeira vez em seis sessões nas negociações iniciais desta quinta-feira, afastando-se de seu nível mais forte em cerca de quatro meses, já que investidores estavam atentos a dados dos EUA a serem divulgados para avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para suportar vários aumentos de juros em 2018.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro eram negociados a US$ 1.328,80 a onça troy por volta das 06h10, queda em torno de US$11,00 ou 0,8% a partir do fechamento da sessão passada. Na segunda-feira, atingiram US$ 1.345,00, seu melhor nível desde 8 de setembro.
Contratos futuros de ouro tiveram a quinta sessão de ganhos na quarta-feira, impulsionados uma vez que o dólar norte-americano não conseguiu se recuperar muito de sua mínima recente.
Além disso, contratos futuros da prata recuavam US$ 0,101, ou cerca de 0,6%, para US$ 17,06 a onça troy. Na segunda-feira, chegaram US$ 17,42, máxima de três meses.
Dados econômicos norte-americanos provavelmente estarão em destaque nesta quinta-feira, já que os mercados continuam a especular quantas vezes o Federal Reserve irá elevar as taxas de juros neste ano.
O Departamento de Comércio deverá divulgar relatório sobre licenças para construção e construção de novas casas em dezembro às 11h30.
Espera-se que os dados mostrem que as licenças para construção tiveram redução de 1,0% e totalizaram 1,290 milhão no mês passado enquanto as projeções para a construção de casas novas é de redução de 1,7%, totalizando 1,275 milhão. Os dois dados atingiram a máxima de mais de uma década em novembro.
Além dos dados relativos ao mercado imobiliário, o calendário de quinta-feira também traz um estudo sobre as condições industriais na região de Filadélfia e também números de pedidos semanais de seguro-desemprego.
O índice dólar, que avalia a moeda norte-americana frente a uma cesta ponderada de seis principais rivais, permanecia estável em 90,50, acima de 89,98, mínima de três anos atingida na terça-feira.
A maioria dos economistas acredita que o Fed irá elevar as taxas de juros em março, com outro aumento na sequência em junho e com um terceiro movimento acontecendo em dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
O ouro é muito sensível a aumentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o ouro.
Os mercados também aguardam desdobramentos relativos a um possível fechamento do governo caso o Congresso não aprove um projeto de lei de financiamento até sexta-feira.
Com relação a outros metais, a cotação do paládio recuava 0,4% para US$ 1.105,20 a onça. Na segunda-feira, registrou a máxima recorde de US$ 1.133 graças ao aumento na demanda da indústria automotiva.
Já a platina tinha queda de 0,6% e era negociada a US$ 1.005,20 a onça após ter chegado a US$ 1.012,50 no dia anterior, nível mais forte desde 8 de setembro.
Contratos de cobre com vencimento em março eram negociados em alta de 0,3%, cotados a US$ 3,200 a libra.
A economia da China cresceu mais rapidamente do que o esperado no quarto trimestre em comparação ao ano anterior, apoiada por uma recuperação no setor industrial, um mercado imobiliário resiliente e crescimento forte das exportações.
O crescimento no período entre outubro e dezembro, em comparação ao ano anterior, foi de 6,8%, afirmou o Escritório Nacional de Estatísticas, percentual inalterado em comparação ao terceiro trimestre e acima das expectativas dos analistas de crescimento de 6,7%. O crescimento em todo o ano de 2017 subiu para 6,9% em comparação ao ano anterior, a primeira aceleração na economia desde 2010.
A nação asiática é o maior consumidor mundial do metal vermelho.