Por Jeff Mason e Valerie Volcovici
WASHINGTON (Reuters) - A cúpula climática do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, atentará para o tema da tecnologia nesta sexta-feira, quando contará com comentários dos empreendedores Bill Gates e Michael Bloomberg, depois de começar na quinta-feira, o Dia da Terra, tentando induzir o mundo a ser mais ambicioso para diminuir o aquecimento global.
Biden convocou a reunião de dois dias com dezenas de chefes de Estado para declarar a volta dos EUA à liderança das discussões climáticas depois de seu antecessor, Donald Trump, retirar o país do Acordo de Paris, que visa a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O presidente democrata, que reintegrou os EUA ao pacto, anunciou na quinta-feira uma nova meta de redução de emissões de entre 50% e 52% até 2030 em comparação com os níveis de 2005. O Japão e o Canadá também elevaram suas metas.
A Casa Branca tenta garantir a outros países que consegue cumprir sua meta, mesmo se um novo governo tomar posse, porque a indústria já ruma para veículos elétricos mais limpos e mais energia renovável.
"O mundo, como um todo, está seguindo nesta direção", disse John Kerry, o enviado climático de Biden, aos repórteres.
"Estas empresas fizeram este julgamento de marketing crítico, de longo prazo, estratégico, e esta é a maneira como o mercado está agindo. Nenhum político, por mais demagogo, poderoso ou capaz que seja, poderá mudar o que este mercado está fazendo", disse.
Nesta sexta-feira, o governo dos EUA recrutará autoridades de gabinete de alto escalão e líderes empresariais para defender o papel da tecnologia para uma "economia de emissões zero e resistente ao clima".