Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de milho do Brasil 2024/25 foi estimada em 132,7 milhões de toneladas, alta de 0,7% na comparação com a previsão do mês anterior, de acordo com levantamento da consultoria Datagro, que também aumentou a projeção de colheita de soja do país.
No caso do milho, o volume representa um aumento de 8,7% sobre a colheita 2023/24, que somou 122,1 milhões de toneladas.
A safra de milho de verão está prevista em 25,2 milhões de toneladas, 2% acima do ano anterior, mesmo diante de uma redução de 7% da área plantada, o que foi mais do que compensada por melhores produtividades.
A segunda safra de milho, cuja colheita está começando no Paraná e Mato Grosso, foi estimada pela Datagro em 107,5 milhões de toneladas, ainda abaixo do recorde histórico de 108,6 milhões de 2022/23.
Mas há um salto ante a produção do ano passado, que somou 87,5 milhões de toneladas, quando as principais regiões produtoras sofreram com estiagem severa.
Neste mês, a Datagro ajustou a estimativa de produtividade de 5.914 para 5.957 kg/hectare, "o maior rendimento já registrado para as lavouras de inverno no Brasil" e superando em 7% o resultado de 2023/24.
A área na segunda safra de milho aumentou 4% para 18,0 milhões de hectares, "resultado direto da valorização dos preços do cereal no último trimestre de 2024".
A Datagro notou que, mesmo como aumento da produção, a expectativa é que a demanda supere a safra brasileira em 2,3 milhões de toneladas, diante do aumento do consumo pela indústria de etanol de milho e do setor pecuário.
A safra de soja, já colhida em 2024/25, foi estimada 172,0 milhões de tonelada, avanço de 0,4% em relação à estimativa anterior e de 11% sobre a colheita de 2023/24.
(Por Roberto Samora)