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Por Marwa Rashad e Anna Hirtenstein
LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos discutiram internamente sobre buscar um acordo para o uso de navios quebra-gelo russos movidos a energia nuclear no desenvolvimento de projetos de gás e gás natural liquefeito (GNL) durante a reunião entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin nesta sexta-feira no Alasca, disseram três fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.
Trump pretende discutir com Putin um acordo de cessar-fogo para a Ucrânia e acabar com a guerra mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
As conversas em andamento entre os EUA e a Rússia sobre a Ucrânia incluíram discussões sobre acordos comerciais. A Casa Branca está planejando continuar essa abordagem na cúpula, disse uma das fontes --que, como as outras, falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade das negociações.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. As autoridades do Kremlin não estavam disponíveis para comentar o assunto.
A Rússia opera a única frota do mundo de quebra-gelos movidos a energia nuclear, que desempenha um papel central na manutenção do acesso à navegação durante todo o ano ao longo da Rota do Mar do Norte, um caminho estratégico para os fluxos globais de energia e comércio.
Trump propôs a compradores asiáticos o Alaska LNG, um projeto de US$44 bilhões para transportar GNL ao longo de um gasoduto de 800 milhas partindo do Alasca, como uma forma de reduzir a dependência deles do produto russo.
Outro projeto, igualmente voltado para os mercados asiáticos, é o Qilak LNG, que tem como meta 4 milhões de toneladas por ano de GNL.
A Qilak não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Uma fonte do setor disse que o Alaska LNG não tinha "nenhuma necessidade identificada de quebra-gelos russos".
A Reuters não conseguiu estabelecer imediatamente qual projeto seria beneficiado por um eventual acordo nas negociações.
Os quebra-gelos nucleares também poderiam facilitar o transporte de materiais e equipamentos de construção para áreas remotas do Alasca, onde a infraestrutura é limitada e as condições climáticas são adversas.
(Reportagem adicional de Timothy Gardner em Washington e Oksana Kobzeva em Moscou)