NEOE3: Neoenergia avança na B3 após dobrar o lucro do 2º trimestre
Por Forrest Crellin e Elizabeth Pineau
PARIS (Reuters) - A francesa EDF (EPA:EDF) está reduzindo o quadro de funcionários no exterior e desistindo de participar de licitações em alguns projetos nucleares internacionais, enquanto se concentra em um grande programa de construção doméstico, sob o comando do novo CEO, Bernard Fontana, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.
A França, que já foi líder global em energia nuclear e a maior produtora da fonte da Europa, está recuando em um momento de apelos globais por expansão nuclear, abrindo as portas para novos participantes, conforme altos custos e problemas de design prejudicam sua capacidade de competir internacionalmente.
Fontana foi nomeado em abril para assumir o controle da empresa estatal depois que o governo ficou cada vez mais frustrado com o lento progresso da EDF na renovação da frota nuclear francesa.
O novo CEO disse em uma audiência parlamentar sobre sua nomeação que se concentraria no desenvolvimento dos projetos nucleares domésticos da empresa em vez de seus negócios internacionais, que empregam centenas de pessoas e já construíram reatores na China, Finlândia e Grã-Bretanha.
Ele delineou mudanças nos negócios internacionais nas últimas semanas, disseram as fontes, incluindo a saída da empresa de algumas licitações para construir reatores fora da Europa.
A empresa se concentrará em licitações para projetos nucleares na Holanda, Suécia e Finlândia, onde tem maior chance de vencer as licitações, disse uma fonte do setor familiarizada com os planos.
A empresa também deixará de priorizar projetos na Polônia, Índia, Canadá e em outros lugares fora da Europa, disse a pessoa.
A redução da presença internacional permitirá que a empresa corte custos e redirecione pessoas para projetos de maior prioridade, disse outra fonte do setor familiarizada com a situação.
Os recentes projetos internacionais da EDF têm enfrentado longos atrasos e custos excessivos. No ano passado, ela perdeu para a KHNP, da Coreia do Sul, em uma licitação para dois novos reatores na República Tcheca.
Fontana também reduzirá o número de funcionários da equipe internacional de vendas, disseram as fontes, sendo que uma delas afirmou que há planos para cortar cerca de 60 empregos, incluindo 10 gerentes.
A EDF não quis comentar.
A EDF também está procurando vender alguns de seus ativos de energia renovável na América do Norte e no Brasil.
(Reportagem de Forrest Crellin e Elizabeth Pineau)